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Política

- Publicada em 04 de Janeiro de 2019 às 01:00

Onyx aponta 'movimentação incomum' de Michel Temer

Ministro-chefe da Casa Civil se manifestou após a primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe ministerial

Ministro-chefe da Casa Civil se manifestou após a primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe ministerial


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou nesta quinta-feira que o governo identificou "uma movimentação incomum de exonerações e nomeações e recursos destinados a ministérios" no apagar das luzes da gestão Michel Temer (MDB) e quer a revisão delas.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou nesta quinta-feira que o governo identificou "uma movimentação incomum de exonerações e nomeações e recursos destinados a ministérios" no apagar das luzes da gestão Michel Temer (MDB) e quer a revisão delas.

Após o encontro na manhã de ontem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), com os 22 novos ministros, nenhuma medida concreta foi anunciada. Segundo o chefe da Casa Civil, foi solicitado que todos os ministros repassem os atos e os gastos dos últimos 30 dias para elaborarem um relatório a pedido de Bolsonaro.

"O alto volume causou estranheza", afirmou Onyx, depois de quase três horas de reunião. "O presidente pediu para verificar para onde foi o dinheiro, por que e se tem suporte para ter sido feito." Onyx anunciou ainda que o governo pretende chamar de "Casa Brasil", um modelo que consiste em reunir toda a estrutura da administração direta nos estados e capitais em um único local.

Onyx disse também que "faltou coragem" a Temer para "limpar a casa" antes do fim do mandato e demitir servidores supostamente ligados ao PT. Essa foi a maneira de o ministro justificar a exoneração de 320 funcionários de cargos de confiança vinculados à sua pasta, que passarão a partir de agora por uma triagem para que o novo governo identifique quem foi indicado durante as gestões dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Estes, segundo ele, devem ser demitidos definitivamente. Os outros poderão ser readmitidos nas suas funções.

"Precisamos ter a coragem de fazer o que talvez tenha faltado ao governo que terminou no dia 31 (de dezembro de 2018), de, logo de início, limpar a casa", disse Onyx após a primeira reunião ministerial de Bolsonaro como presidente.

"É o único jeito de poder tocar nossas ideias e nossos conceitos, fazer aquilo que a sociedade brasileira decidiu por maioria. Dar um basta nas ideias socialistas e comunistas que, por 30 anos, nos levaram a esse caos", completou.

Mais uma vez, Onyx adiou a divulgação das prioridades do novo governo - agora, para a próxima terça-feira, dia 8 - e se ateve a medidas de pouco efeito prático para a redução de gastos, porém, afinadas ao discurso político que elegeu o presidente.

Ele disse que a exoneração de mais de 300 servidores da Casa Civil para "despetizar a administração pública", como definiu, foi tomada como exemplo pelo governo. "Todos os ministros estão autorizados a proceder de maneira semelhante ou ajustada a cada uma das pastas", afirmou.

Apesar disso, Onyx negou que a prática seja uma caça às bruxas, ao contrário. "O conceito está perpassando todo o governo para desaparelhar e permitir que o presidente Bolsonaro possa executar suas políticas."

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