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Política

- Publicada em 03 de Janeiro de 2019 às 01:00

Em discurso moderado, Onyx acena para oposição

O ministro-chefe da Casa Civil, o gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), tomou posse ontem com um discurso conciliador e apelando à oposição por um pacto para que ajude a gestão Jair Bolsonaro (PSL) a governar o país. Na frente do chefe, afirmou que ele não "recebeu um papel em branco" da população ao ser eleito no segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
O ministro-chefe da Casa Civil, o gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), tomou posse ontem com um discurso conciliador e apelando à oposição por um pacto para que ajude a gestão Jair Bolsonaro (PSL) a governar o país. Na frente do chefe, afirmou que ele não "recebeu um papel em branco" da população ao ser eleito no segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
Na véspera, o presidente havia citado a necessidade de apoio parlamentar em discurso no Congresso, mas sua fala pública na praça dos Três Poderes retomou a retórica agressiva da campanha eleitoral, dizendo que havia começado a libertar o país do "socialismo" associado ao PT - que deixou o poder há mais de dois anos.
A modulação do discurso parece indicar uma nova dinâmica no Planalto sob nova gestão, em que declarações incendiárias para galvanizar a base de apoio de Bolsonaro são intercaladas por falas apaziguadoras destinadas aos atores políticos.
"Eu conversei com o presidente hoje pela manhã e nos cabia fazer o primeiro gesto", disse depois o chefe da Casa Civil sobre seu discurso. "A gente tem clareza e estará muito firme no que acreditamos. Mas isso não quer dizer que não sejamos capazes com humildade estender a mão e pedir um entendimento porque tem um valor maior que é o nosso país."
Bolsonaro deu posse, no Palácio do Planalto, a Onyx e ao secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL-RJ). Os dois generais de quatro estrelas da reserva que integram o novo núcleo duro palaciano, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), também assumiram. O presidente não discursou ou deu declarações, saindo do evento para receber o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
Onyx, usualmente um crítico ácido do PT e da esquerda, afirmou que "o governo vai surpreender" por sua capacidade de diálogo. "Não podemos errar, e uma das formas (para isso) é ter bons ouvidos para aqueles que se opõem ao nosso governo", afirmou. "Não é possível que a oposição não possa compreender, assim como o governo, que vamos ter que olhar primeiro para o Brasil, para as famílias brasileiras, presente das pessoas e garantir o futuro", completou. O novo ministro disse ainda que as disputas políticas "podem e devem ser travadas", mas que "o diálogo será necessário".
O antecessor de Onyx, o também gaúcho Eliseu Padilha (MDB), defendeu o legado do ex-presidente Michel Temer (MDB) e disse que o novo governo terá de mostrar serviço. "Desejo que tenha tanta ou mais sorte do que tivemos. E que consiga fazer mais, porque a expectativa do Brasil é muito grande e temos de corresponder, temos de ter ações para corresponder", afirmou.
 
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