O PSL decidiu, ontem, apoiar Rodrigo Maia (DEM-RJ) para ser reconduzido à presidência da Câmara dos Deputados. Maia recebeu o presidente da legenda, Luciano Bivar; o vice-presidente da sigla, Antônio de Rueda; além do líder do partido na casa, Delegado Waldir (GO). "O assunto foi discutido pela manhã, e o presidente Rodrigo Maia se comprometeu a tratar de todas as agendas da campanha. Estamos em perfeita sintonia", disse Bivar.
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O PSL decidiu, ontem, apoiar Rodrigo Maia (DEM-RJ) para ser reconduzido à presidência da Câmara dos Deputados. Maia recebeu o presidente da legenda, Luciano Bivar; o vice-presidente da sigla, Antônio de Rueda; além do líder do partido na casa, Delegado Waldir (GO). "O assunto foi discutido pela manhã, e o presidente Rodrigo Maia se comprometeu a tratar de todas as agendas da campanha. Estamos em perfeita sintonia", disse Bivar.
Segundo ele, Maia também se comprometeu a dar o comando de duas das mais importantes comissões: Constituição e Justiça (CCJ) e Finanças e Tributação. Além disso, segundo o presidente do PSL, o partido poderia ficar com a segunda vice-presidência da Câmara.
Desde o início da transição, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), trabalhava contra a candidatura de Maia, por avaliar que a esquerda seria favorecida em pautas relacionadas aos costumes. Ele não estava na reunião que selou o acordo.
Apesar da contrariedade do filho do presidente, nas últimas semanas, o PSL começou a dar sinais de aproximação com o candidato à reeleição. Há uma semana, o atual líder da bancada da sigla, Delegado Waldir, reconheceu a musculatura de Maia. "O PSL não tem candidato, mas queremos que toda a bancada - os 52 - vote no mesmo. Precisamos pensar na governabilidade", disse Waldir.
Maia possui boa interlocução com o superministro da Economia, Paulo Guedes. Eles conversam com frequência. Guedes, inclusive, tem recebido parlamentares indicados pelo presidente da Câmara. Ambos vislumbram a possibilidade de tocar juntos a pauta de reformas já alardeadas pelo governo, como a previdenciária e a tributária.
Contra Rodrigo Maia, outros cinco candidatos à presidência da Câmara anunciaram, em dezembro, um acordo. O gaúcho Alceu Moreira (MDB), Fábio Ramalho (MDB-MG), JHC (PSB-AL), Capitão Augusto (PR-SP) e João Campos (PRB-GO) - que desistiu da disputa - prometeram formar uma aliança para, em caso de segundo turno, derrotar Maia. Os integrantes do grupo também contam com a simpatia de Jair Bolsonaro. Quando recebeu a bancada do MDB, Bolsonaro chamou Fábio Ramalho de "meu presidente".
A ampla frente de partidos que apoia Maia é formada, hoje, por DEM, PSB, PSDB, PR, PRB, PSD, Podemos e Solidariedade, mas também atrai partidos de oposição. O PDT e o PCdoB já praticamente selaram um acordo. O PT ainda analisa a conjuntura e espera algumas concessões de Maia, além de esperar a garantia de espaço importante em comissões.
Apesar de ter o apoio do PSL, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) não descarta uma possível aliança do PT com Maia. "Não é inviável, porque depende da composição da mesa e das comissões. Quem está dizendo que o PSL ficará com a CCJ e a Finanças e Tributação é o Bivar, não o Maia", pondera Zarattini.
O deputado também ressalta que o partido conversa com JHC e Fábio Ramalho. Luciano Bivar também decidiu lançar o nome de Major Olímpio (PSL-SP) para a presidência do Senado. O principal adversário e um dos favoritos para o cargo é o senador Renan Calheiros (MDB-AL), reeleito neste ano. Ontem, Olímpio gravou um vídeo para comentar a indicação. "Foi totalmente inesperado, o joelho tremeu. E o Bivar me deu tempo para amadurecer, analisar essa possibilidade, porque, se eu resolver ir para uma empreitada deste tamanho, tenho que estar realmente em condições de agregar uma vitória."
O líder do PRB na Câmara, o deputado Jhonatan de Jesus (RR), confirmou que a legenda vai apoiar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da casa, na nova legislatura. Com isso, o deputado João Campos (PRB-GO), que estava concorrendo à mesma vaga, desiste do pleito. "João estava tentando viabilizar a candidatura acreditando que seria o candidato do governo", disse Jhonatan. "Agora, ele fica sem sustentação." Ontem pela manhã, o partido de Jair Bolsonaro, o PSL, anunciou apoio a Maia.
Para apoiar a candidatura de Maia, o partido ainda deve negociar posições estratégicas na casa, entre elas, a vice-presidência da Câmara. Jhonatan disse que chega a Brasília hoje para conversar com o atual presidente da casa sobre estas articulações.
O líder da legenda disse que a decisão de João Campos deixar a disputa foi tomada em comum acordo. Eles se falaram ao telefone. "A conversa foi com a maior tranquilidade de sempre. João entendeu numa boa", disse Jhonatan.
João Campos havia assinado um acordo de apoio mútuo com outros quatro candidatos à presidência da Câmara opositores de Maia, no dia 12 de dezembro. No pacto, eles se comprometem a apoiar qualquer um do grupo que fosse ao segundo turno, em uma clara tentativa de combater Maia. No grupo estavam, além de João, Fábio Ramalho (MDB-MG), o gaúcho Alceu Moreira (MDB), João Henrique Caldas (PSDB-AL) e Capitão Augusto (PR-SP).