Em meio a um desafio político sobre como tratar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli - que, ao mesmo tempo que desagradou o PT ao barrar a soltura de Luiz Inácio Lula da Silva, será importante em decisões futuras sobre o ex-presidente -, a comissão executiva do partido decidiu endurecer o tom na reação à medida do ministro.
Em nota publicada ontem, em que fala sobre "tutela inconstitucional das Forças Armadas sobre a mais alta corte de Justiça", o PT diz que, "ao revogar, de forma sem precedentes, a liminar do ministro Marco Aurélio, o presidente do STF, Dias Toffoli, cedeu a um verdadeiro motim judicial, com um claro viés político-partidário".
Um detalhe revela o embate político vivido internamente pelo PT: essa foi a segunda versão da nota. Na primeira, publicada pouco antes no site de Lula e depois apagada, não havia menção a Toffoli. Na segunda, o PT decidiu assumir as críticas internas a Toffoli, ministro indicado à Corte por Lula.