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Política

- Publicada em 18 de Dezembro de 2018 às 01:00

Bolsonaro confirma rever reserva indígena Raposa Serra do Sol

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou ontem que a equipe de transição prepara um decreto que pretende rever a criação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A informação foi publicada na edição de ontem do jornal "Valor Econômico"
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou ontem que a equipe de transição prepara um decreto que pretende rever a criação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A informação foi publicada na edição de ontem do jornal "Valor Econômico"
"É a área mais rica do mundo. Você tem como explorar de forma racional. E, no lado dos índios, dando royalties, e integrando o indio à sociedade", disse Bolsonaro.
Durante a campanha eleitoral e já como presidente eleito, Bolsonaro já havia afirmado que, em seu governo, não seriam demarcadas novas terras indígenas. Ele também já havia defendido a ideia de "integrar o índio à sociedade", citando como o exemplo o fato de existirem índios que "querem internet". Mas a proposta de Bolsonaro de rever a criação da reserva pode esbarrar no Supremo.
Raposa Serra do Sol é uma área de terra indígena no nordeste do estado de Roraima. Com 1,7 milhão de hectares, é uma das maiores terras indígenas do país. Em sua parte montanhosa está o monte Roraima, em cujo topo se encontra a tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela.
O território demarcado foi alvo, na década passada, durante a administração petista, de uma disputa judicial entre a União, o Estado de Roraima e produtores de arroz que chegaram à região por volta da década de 70. Apoiados pelo governo estadual, os arrozeiros - que segundo estatísticas da época chegavam a produzir mais de 150 mil toneladas de arroz ao ano - queriam que a demarcação fosse revista em áreas cultivadas. Mas, em 2009, decisão final do Supremo confirmou, por 10 votos a favor e um contra, a demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do e manteve a homologação decretada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão do STF desagradou a comandantes militares, que defendem a ocupação da região.
Defensores da revisão usam dados mostrando que o território da Raposa é considerado um tesouro em recursos hídricos e minerais que atraem o garimpo clandestino, muitas vezes comandado pelos próprios índios. Existem jazidas de nióbio, metal leve empregado na siderurgia, aeronáutica, espacial e nuclear, que podem chegar a ter 14 vezes todo o metal conhecido no planeta, e a segunda maior reserva de urânio do planeta. Além de ouro, estanho, diamante, zinco, caulim, ametista, cobre, diatomito, barita, molibdênio, titânio e calcário. "Temos que reverter o paradigma da resistência ambiental que serve de fachada aos interesses internacionais por nossas riquezas que aqui se fazem representar pelas Organizações Não Governamentais (Ongs)", justifica um integrante do grupo de transição.
 
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