O presidente da República, Michel Temer, e o presidente eleito, Jair Bolsonaro, acompanharam juntos nesta sexta-feira o lançamento ao mar de um novo submarino construído pelo Programa de Densevolvimento de Submarinos (PROSUB). A cerimônia organizada pela Marinha para apresentar a embarcação batizada de "Riachuelo" ocorreu em Itaguaí, na região metropolitana do Rio, e também foi acompanhada pelo futuro ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite. Temer e Bolsonaro, que participaram juntos pela primeira vez de um evento público, permaneceram sentados lado a lado e inauguraram uma placa. Os dois não conversaram com os profissionais de imprensa presentes no local.
"O Brasil constrói seus submarinos não para ameaçar quem quer que seja, mas porque um país com mais de 7 mil quilômetros de Costa não pode prescindir de instrumentos para defesa de sua soberania e riquezas marinha", afirmou Temer durante o discurso no evento.
A importância do governo federal para o desenvolvimento de submarinos tem como base os objetivos de ajudar a desenvolver a indústria naval e monitorar a área conhecida como Amazônia Azul (extensão submarina de 3,5 milhões de quilômetros quadrados na costa brasileira).
O submarino lançado nesta sexta-feira diante dos presidentes é o primeiro de uma série de quatro outros convencionais e mais um com propulsão nuclear que estão sendo criados pelo PROSUB. Eles foram produzidos com cooperação tecnológica e são da classe chamada Scorpene.
O lançamento ocorreu no Complexo Naval de Itaguaí porque o "Riachuelo" ficou pronto para iniciar os testes de Porto. Agora serão avaliadas a estanqueidade, a flutuabilidade e o equilíbrio do navio. Após todos os testes, que durarão cerca de dois anos, incluindo testes de mar, o submarino será finalmente incorporado à Força de Submarinos, subordinada ao Comando-em-Chefe da Esquadra brasileira.
O próximo submarino tem previsão para ser lançado em 2020 e outros dois nos anos subsequentes. Já o submarino com propulsão nuclear deve ficar pronto em 2029. O investimento total é de cerca de R$ 35 bilhões em duas décadas. Até aqui, foram utilizados R$ 17,4 bilhões.