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Política

- Publicada em 14 de Dezembro de 2018 às 01:00

Viúva de Rubens Paiva, Eunice morre aos 89 anos

Morreu na tarde desta quinta-feira, aos 86 anos, a advogada Eunice Paiva, uma das protagonistas do movimento por buscas de desaparecidos no regime militar no Brasil. Mulher do deputado cassado Rubens Paiva, assassinado em 1971, e mãe de cinco filhos - entre eles, o escritor Marcelo Rubens Paiva -, Eunice passou mais de 40 anos em busca de esclarecimentos sobre a morte do marido, que nunca teve o corpo encontrado. Teve a vida retratada no livro "Ainda estou aqui", do filho Marcelo.

Morreu na tarde desta quinta-feira, aos 86 anos, a advogada Eunice Paiva, uma das protagonistas do movimento por buscas de desaparecidos no regime militar no Brasil. Mulher do deputado cassado Rubens Paiva, assassinado em 1971, e mãe de cinco filhos - entre eles, o escritor Marcelo Rubens Paiva -, Eunice passou mais de 40 anos em busca de esclarecimentos sobre a morte do marido, que nunca teve o corpo encontrado. Teve a vida retratada no livro "Ainda estou aqui", do filho Marcelo.

Ao lado da estilista Zuleika Angel Jones, a Zuzu Angel, de Crimeia de Almeida, Inês Etienne Romeu, Cecília Coimbra, entre outras mulheres, liderou campanhas pela abertura de arquivos sobre vítimas do regime. Foi a pesquisa independente de Eunice e da família, em grande parte, que levou ao esclarecimento do caso após décadas.

Rubens Paiva foi recolhido pela polícia no dia 20 de janeiro de 1971 na casa em que morava com a família, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Foram décadas de informações desencontradas e espera até que o caso fosse esclarecido.

A família só conseguiu um atestado que oficializasse a morte em 1996, e só então foi possível acessar contas bancárias, executar apólices de seguro, negociar imóveis. A primeira prova objetiva de seu assassinato só foi encontrada 41 anos depois, em novembro de 2012, com uma ficha que confirmava sua entrada em uma unidade do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi).

Eunice teve participação ativa no processo de redemocratização do País, a partir de 1985. Se formou em Direito depois dos 40 anos e, segundo a família, devotava paixão pelas ciências jurídicas. Um símbolo na defesa da preservação da memória no País, foi vítima de Alzheimer no fim da vida.

O velório ocorreu na região da Bela Vista, em São Paulo, e o enterro acontece nesta sexta-feira no Cemitério do Araçá.

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