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Política

- Publicada em 12 de Dezembro de 2018 às 22:11

PT mostrou disposição ao diálogo, avalia Ranolfo

Delegado Ranolfo afirma que colocar salários em dia é uma prioridade

Delegado Ranolfo afirma que colocar salários em dia é uma prioridade


/CLAITON DORNELLES /JC
Marcus Meneghetti
Ao lado do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), o vice-governador eleito, Delegado Ranolfo (PTB), visitou todas as bancadas da Assembleia Legislativa para articular a aprovação do projeto que prorroga por dois anos o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ranolfo elogiou a postura da bancada do PT - oposição declarada ao futuro governo -, que cogita votar a favor da prorrogação do ICMS, desde que Leite atenda algumas demandas. "A bancada petista demonstrou que está disposta a dialogar", disse o futuro vice-governador.
Ao lado do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), o vice-governador eleito, Delegado Ranolfo (PTB), visitou todas as bancadas da Assembleia Legislativa para articular a aprovação do projeto que prorroga por dois anos o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ranolfo elogiou a postura da bancada do PT - oposição declarada ao futuro governo -, que cogita votar a favor da prorrogação do ICMS, desde que Leite atenda algumas demandas. "A bancada petista demonstrou que está disposta a dialogar", disse o futuro vice-governador.
Entre as cinco contrapartidas dos petistas, está a apresentação de um calendário prevendo quando será colocado em dia o salário dos servidores públicos, ainda no primeiro ano de governo. Essa, aliás, é uma proposta de campanha do tucano. O voto dos parlamentares do PT pode ser decisivo na aprovação da medida, visto que é a maior bancada da atual legislatura (11 deputados).
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Ranolfo também falou da importância da continuidade do ICMS, que precisa ser aprovado até o final do ano para valer a partir de janeiro de 2019. O petebista minimizou os comentários de aliados que, nos bastidores da transição, reclamam que Leite centraliza demais o trabalho em torno dele.
Jornal do Comércio - Houve alguma surpresa nas informações repassadas pelo governo José Ivo Sartori (MDB) durante a transição?
Delegado Ranolfo - Ainda não temos o quadro completo das finanças do Estado. Mas não temos dúvidas que a situação é caótica. Chamo atenção para a Lei Orçamentária Anual (LOA), que ainda está em tramitação na Assembleia Legislativa, apontando um déficit de aproximadamente R$ 7 bilhões para o próximo exercício.
JC - Se for aprovado na Assembleia, o projeto que prorroga por dois anos as alíquotas majoradas de ICMS deve diminuir o déficit?
Ranolfo - Para nós, esse projeto é fundamental. Representa R$ 3 bilhões para o Estado, anualmente. Então, nos dois anos de vigência das alíquotas de ICMS atuais, o Estado terá R$ 6 bilhões. Se não for aprovado, a situação pode se agravar muito mais. Por isso, estamos dando uma atenção extrema a esse ponto. Foi uma das nossas propostas de campanha. Ao contrário do que propunha o governador Sartori, que defendia a prorrogação das alíquotas por tempo indeterminado, nós defendemos a prorrogação por dois anos. Esse é o tempo que julgamos necessário para colocar a casa em ordem através de outras medidas.
JC - O senhor e Leite visitaram todas as bancadas da Assembleia Legislativa para discutir o projeto do ICMS. Conversaram, inclusive, com a bancada do PT na Assembleia, uma das que já anunciou que fará oposição ao futuro governo. Os petistas cogitam o voto favorável, desde que sejam atendidas algumas contrapartidas...
Ranolfo - Estamos exercitando aquilo que, durante a campanha, dizíamos que seria a marca do nosso governo: o diálogo e a transparência. Durante a transição, já visitamos as bancadas no Parlamento, além de outros poderes, como o Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, e ainda a sociedade civil, representada por diversas entidades.
JC - Como avalia as contrapartidas que o PT pediu para que os seus 11 deputados votem a favor da prorrogação do ICMS?
Ranolfo - Achei muito boa a posição do PT. Isso demonstra que a bancada petista também está aberta ao diálogo, apresentando os seus argumentos e condições para apoiar o projeto. Esse ato já faz a nossa visita valer a pena. Quanto ao mérito das demandas do PT, não posso me manifestar, porque a nossa área técnica ainda está analisando uma a uma.
JC - Uma das demandas da bancada petista é a apresentação de um calendário, prevendo quando o futuro governo colocará em dia o salário dos servidores públicos, ainda em 2019. Isso é uma proposta de campanha do senhor e de Eduardo Leite. Já há algum trabalho em torno dessa medida?
Ranolfo - Realmente, é uma proposta nossa desde a campanha. É uma questão prioritária colocar em dia os salários ainda no primeiro ano.
JC - Nos bastidores da transição, alguns aliados têm se sentido desconfortáveis com o fato de Leite centralizar demais o trabalho em torno dele. O senhor teve participação na escolha dos integrantes do primeiro escalão?
Ranolfo - Sim, desde o início. Participei da busca, da fomentação, da escolha do secretário da Fazenda, Marco Aurélio Cardoso, e mais ainda da escolha do Otomar Vivian (PP), para a Casa Civil. Claro que a decisão final é do governador. Se tem dois nomes para um determinado cargo, com currículo e experiência suficiente para assumir a liderança de determinada área, é o governador quem vai bater o martelo. Isso não é centralizar. A liderança maior é ele.
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