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transição no planalto

- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 01:00

Bolsonaro tem fala conciliadora em diplomação

'Poder popular não precisa mais de intermediação', pontuou Jair Bolsaonaro ao evidenciar papel da internet

'Poder popular não precisa mais de intermediação', pontuou Jair Bolsaonaro ao evidenciar papel da internet


ED FERREIRA/BRAZIL PHOTO PRESS/JC
Na cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse, em discurso, que, a partir de 1 de janeiro, será o governante de todos os brasileiros, e não só de seus eleitores. Bolsonaro também pediu o apoio de seus opositores na construção de um futuro melhor.
Na cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse, em discurso, que, a partir de 1 de janeiro, será o governante de todos os brasileiros, e não só de seus eleitores. Bolsonaro também pediu o apoio de seus opositores na construção de um futuro melhor.
"Agradeço muito especialmente aos mais de 57 milhões de brasileiros que me honraram com seu voto. Aos que não me apoiaram, peço sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para o nosso País. A partir de 1 de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem racial, raça, sexo, cor, idade ou religião", disse o presidente eleito.
Bolsonaro e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), receberam o diploma eleitoral, documento que atesta que o vencedor da eleição cumpriu todas as exigências necessárias para tomar posse, como, por exemplo, o julgamento das contas de campanha. 
Os diplomas foram assinados pela presidente da corte, ministra Rosa Weber. Cerca de 700 pessoas foram convidadas para assistir ao evento, segundo a assessoria do tribunal.
Bolsonaro também afirmou que o recado das urnas foi claro no sentido de mudança. Sem citar nomes, ele criticou antigas práticas de corrupção, dizendo que "a construção de uma nação mais justa e desenvolvida requer uma ruptura com práticas que, historicamente, retardaram o nosso progresso. Não mais a corrupção, não mais a violência, não mais as mentiras, não mais manipulação ideológica, não mais submissão do nosso destino a interesses alheios", declarou.
Apesar de ter criticado o sistema eleitoral ao longo da campanha, o presidente eleito elogiou, no discurso, o trabalho da Justiça Eleitoral. "Somos uma das maiores democracias do mundo. Cento e vinte milhões de brasileiros compareceram às urnas de forma pacífica e ordeira. Respondemos ao dever cívico do voto com serenidade e responsabilidade. Nós, brasileiros, devemos nos orgulhar dessa conquista. Em momento de profundas incertezas em várias partes do globo, somos um exemplo de que a transformação pelo voto popular é possível", declarou o presidente eleito.
Também durante o discurso, Bolsonaro evidenciou o papel da internet na corrida presidencial. "Vivenciamos um novo tempo, as eleições de outubro revelaram uma nova prática. O poder popular não precisa mais de intermediação", afirmou. "As novas tecnologias permitiram uma nova relação entre eleitor e seu representante", completou.
 

Democracia é diálogo e tolerância, afirma Rosa Weber

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, defendeu os direitos humanos e as instituições democráticas em seu discurso ontem, durante a cerimônia de diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e do vice, general Hamilton Mourão (PRTB).
"A democracia não se resume a escolhas periódicas por voto secreto e livre de governantes. É também exercício constante de diálogo e de tolerância, de mútua compreensão das diferenças, de sopesamento pacífico de ideias antagônicas, sem que a vontade da maioria busque suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritários e, muito menos, tolher ou comprometer-lhes os direitos constitucionalmente assegurados", afirmou.
Rosa lembrou que nesta data se comemora os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que, como ela afirmou, foi promulgada pela terceira Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, no pós-guerra, e subscrita pelo Brasil. Para a ministra, refletir sobre o documento não é mero exercício teórico, mas um exercício que se impõe a governantes e governados.
"Nunca nos esqueçamos: os diretos fundamentais da pessoa humana, além de universais, são inexauríveis", disse Rosa, acrescentando que todos têm "direito à vida, à liberdade, à segurança e o direito a ter direitos". Bolsonaro já afirmou, em algumas ocasiões, que o Brasil tem direitos demais.