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Política

- Publicada em 04 de Dezembro de 2018 às 22:05

PT pede contrapartidas para prorrogar ICMS

Voto dos 11 deputados do PT pode ser decisivo na prorrogação das alíquotas por dois anos

Voto dos 11 deputados do PT pode ser decisivo na prorrogação das alíquotas por dois anos


RONALDO QUADRADO/DIVULGAÇÃO/JC
Marcus Meneghetti
A bancada do PT na Assembleia Legislativa anunciou ontem de manhã, em uma coletiva de imprensa, que está disposta a votar a favor do projeto que prorroga por dois anos o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), encaminhado ao Parlamento pelo governador José Ivo Sartori (MDB), a pedido do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB). Antes da coletiva, os petistas se reuniram com o tucano e entregaram uma carta com cinco condições para votarem a favor da medida.
A bancada do PT na Assembleia Legislativa anunciou ontem de manhã, em uma coletiva de imprensa, que está disposta a votar a favor do projeto que prorroga por dois anos o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), encaminhado ao Parlamento pelo governador José Ivo Sartori (MDB), a pedido do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB). Antes da coletiva, os petistas se reuniram com o tucano e entregaram uma carta com cinco condições para votarem a favor da medida.
A majoração do ICMS foi aprovada na Assembleia Legislativa em setembro de 2015, elevando a alíquota básica de 17% para 18%, e as nominais em até cinco pontos percentuais. Graças a uma emenda da bancada do PDT, ficou estabelecido que o aumento vigoraria até 31 de dezembro de 2018. Para continuar vigorando já em janeiro de 2019, a prorrogação deve ser aprovada ainda neste ano.
"O PT pode dar seus 11 votos a favor das alíquotas do ICMS por mais dois anos. O governador tem legitimidade para propor isso, na medida que disse que faria isso durante a campanha eleitoral", anunciou o líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi (PT).
A primeira exigência é apresentar um calendário dizendo quando o governo vai colocar em dia o salário dos servidores públicos no primeiro ano de governo, conforme proposta de Leite durante a campanha eleitoral. A segunda é apresentar um cronograma com previsão do repasse aos hospitais gaúchos ao longo dos quatro anos de governo, com a previsão de quando vai pagar os passivos.
A terceira condição é a cobrança de 12% de ICMS para os consumidores que utilizam até 100 KW por mês. A quarta pede que o botijão de gás de 13 quilos entre na lista da cesta básica. Os itens da cesta pagam menos impostos. Com isso, o ICMS do botijão passaria de 12% para 7%.
A última condicionante busca aumentar a receita do Estado, conforme explicou o líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi (PT). Os petistas pedem que o tucano envie um projeto à Assembleia aumento de 6% para 8% o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis de Quaisquer bens ou Direitos (ITCD).
"Nosso Partido e nossa Bancada compreendem que estes cinco pontos são fundamentais para a estabilização da crise nos serviços públicos e, em especial, na saúde e segurança, ao mesmo tempo que protegem a população mais pobre, com a garantia da saúde pública e a redução da carga tributária", avaliou Mainardi.
O deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT) afirmou que "as condições para votarmos a favor do projeto buscam evitar enganações". E complementou: "Em 2015, Sartori disse que o aumento do ICMS serviria para colocar em dia o salário dos servidores públicos. Depois que aprovou, não pagou em dia em nenhum mês".
Os 11 votos dos deputados estaduais que integram a bancada petista podem ser decisivos para a aprovação da medida. Afinal, apesar de a Assembleia ter 21 deputados de partidos que apoiam Leite, muitos deles relutam em votar a favor.
São necessários, no mínimo, 27 votos para aprovar a prorrogação do tributo. Leite deve avaliar com sua equipe as sugestões dos petistas e dar uma reposta nas próximas semanas. A prorrogação do ICMS deve ser votada na sessão de 18 de dezembro.
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