O ex-ministro Antônio Palocci (ex-PT) deixou, na tarde desta quinta-feira, a prisão, na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, berço da Operação Lava Jato. O ex-ministro da Fazenda e ex-ministro da Casa Civil dos governos petistas, que citou Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em sua delação premiada, passará a usar tornozeleira e volta para casa em São Paulo.
Dois anos e três meses depois de ser preso, condenado a 9 anos e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, ele passará para o regime prisional semiaberto domiciliar, sob monitoramento.
Pela manhã, o sistema eletrônico processual da 12ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, responsável pela execução provisória da pena de Palocci, registrou o recebimento da ata da sessão de julgamento de quarta-feira do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) - a segunda instância da Lava Jato -, em que foram concedidos os benefícios ao ex-ministro previstos em sua delação premiada, fechada com a PF. O principal deles é o direito de deixar a cadeia.
Desde 26 de setembro de 2016 ele estava detido em Curitiba, alvo da fase da Lava Jato batizada de Operação Omertà. Em julho de 2017 o ex-juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-petista em uma primeira ação julgada contra ele a 12 anos e dois meses de reclusão.
A 8ª Turma Penal do TRF-4 julgou nesta quarta-feira o recurso de Palocci e por maioria os desembargadores reduziram a pena do ex-ministro, reconheceram a efetividade da delação premiada fechada com a PF e concederam o benefício da progressão de pena.