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Política

- Publicada em 21 de Novembro de 2018 às 22:36

Sartori não influenciará bancada sobre ICMS

Emedebista disse que não assinou pré-acordo do RRF antes para não interferir nas eleições

Emedebista disse que não assinou pré-acordo do RRF antes para não interferir nas eleições


LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/JC
Marcus Meneghetti
Antes de palestrar no Tá na Mesa, evento promovido pela Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), ao meio-dia de ontem, o governador José Ivo Sartori (MDB) disse que continua a favor da manutenção das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas não vai aconselhar a bancada do MDB a votar a favor ou contra o projeto encaminhado por ele à Assembleia Legislativa, a pedido do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB).

Antes de palestrar no Tá na Mesa, evento promovido pela Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), ao meio-dia de ontem, o governador José Ivo Sartori (MDB) disse que continua a favor da manutenção das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas não vai aconselhar a bancada do MDB a votar a favor ou contra o projeto encaminhado por ele à Assembleia Legislativa, a pedido do governador eleito, Eduardo Leite (PSDB).

A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa que antecede a reunião-almoço, na qual também abordou outros dois temas. O governador disse que, pelo que ouviu das lideranças do seu partido, o MDB vai se manter na oposição à gestão do tucano - que convidou os emedebistas a ingressarem na base aliada do futuro governo. Além disso, rebateu uma crítica de Leite, que declarou que o pré-acordo negociado para o ingresso do Rio Grande do Sul no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) não passaria de uma "carta de intenções".

Ao anunciar Sartori aos empresários que estavam almoçando em sua mesas, no salão nobre do Palácio do Comércio, a presidente da Federasul, Simone Leite (PP), justificou a escolha do palestrante: "Fiquei incomodada com mensagens que algumas pessoas me mandaram, perguntando por que chamar o Sartori (para palestrar no Tá na Mesa), por que não o Eduardo Leite, que será o próximo governador? É importante reconhecermos os bons feitos no Estado".

Em seguida, entregou uma placa em homenagem ao governador e sua equipe. Aliás, Simone também direcionou elogios aos 16 membros do primeiro escalão que estavam presentes: "Todos os meses, vamos ao cabeleireiro, pagamos o cartão de crédito, pagamos a empregada doméstica Os secretários não sabiam quando iriam receber o salário (por causa do parcelamento). Mesmo assim, baixaram a cabeça e fizeram um grande trabalho". De acordo com o critério adotado por Sartori, de pagar antes quem ganha menos, os secretários de Estado são uns dos últimos a receber, pois sua remuneração é de mais de R$ 19 mil por mês.

Na sua explanação à plateia, Sartori mostrou o legado que vai deixar ao Estado - a maioria das informações foram amplamente divulgadas durante a campanha à reeleição, como a redução do déficit nas contas públicas, por exemplo. Na coletiva de imprensa, tocou em assuntos ligados à transição de governo. Entre eles, o aumento do ICMS. 

Durante a campanha eleitoral, o emedebista defendeu a prorrogação do aumento do ICMS por tempo indefinido. Leite, por dois anos. Foi o projeto formulado pelo tucano que o Palácio Piratini enviou neste mês à Assembleia. Perguntado por um jornalista se continuava a favor da medida, respondeu positivamente. 

"Tanto é verdade que atendi à solicitação do governador eleito, enviando ao Legislativo o projeto de continuação das alíquotas por mais dois anos. Agora, são as bancadas da Assembleia que vão decidir", garantiu. 

"Então, aconselharia a bancada do MDB a votar a favor?", redarguiu o repórter. Ao que Sartori desconversou: "Conselho se dá de pai para filho. Para gente grande, não damos conselhos. Inclusive, à bancada do meu partido".

Quanto à reunião entre Eduardo Leite e líderes emedebistas nesta segunda-feira, o governador disse que, "pelo que ouvi das lideranças partidárias, vamos manter uma linha de oposição, porque as urnas nos colocaram nesta posição, na medida que escolheram outro governador, não nós, para administrar o Rio Grande do Sul". 

Ao comentar uma fala de Leite sobre o pré-acordo do RRF - na qual disse que se tratava apenas de uma carta de intenções -, o atual governador afirmou que tal medida é importante para manter a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio de Mello, suspendendo o pagamento das parcelas mensais da dívida com a União. Sartori disse, ainda, que o pré-acordo não foi assinado durante a campanha para não prejudicar o processo eleitoral.

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