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Política

- Publicada em 21 de Novembro de 2018 às 01:00

Equipe do futuro governo discute retirar Funai do Ministério da Justiça

Membros da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ) discutem a hipótese de retirar a Fundação Nacional do Índio (Funai) do controle do Ministério da Justiça, pasta que será ocupada pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. A ideia, ainda não confirmada, tem gerado apreensão entre servidores da Funai, indigenistas, antropólogos e indígenas, que temem a transferência do órgão para alguma pasta controlada pelo agronegócio.
Membros da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ) discutem a hipótese de retirar a Fundação Nacional do Índio (Funai) do controle do Ministério da Justiça, pasta que será ocupada pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. A ideia, ainda não confirmada, tem gerado apreensão entre servidores da Funai, indigenistas, antropólogos e indígenas, que temem a transferência do órgão para alguma pasta controlada pelo agronegócio.
São discutidos com alguns indigenistas, consultados informalmente pela transição, três destinos para a Funai: o Meio Ambiente, um futuro "Ministério da Cidadania" e o Ministério da Integração Nacional. Um alto integrante do futuro governo confirmou que há várias discussões em andamento sobre o futuro do órgão. Indigenistas também acreditam numa ação política para colocar o órgão na Agricultura, a ser chefiada pela deputada federal e coordenadora da bancada ruralista Tereza Cristina (DEM-MS).
A Funai está vinculada ao Ministério da Justiça há mais de 30 anos. Pelo menos desde os anos 50, quando tinha o nome de Serviço de Proteção ao Índio (SPI), ela não aparece ligada à Agricultura. Mesmo durante a ditadura militar (1964-1985), que transformou o SPI em Funai, em 1967, era ligado ao Ministério do Interior, extinto em 1990.
A suspeita sobre um plano de transferência ganhou corpo após a senadora bolsonarista eleita Soraya Tronicke (PSL-MS), ter postado em rede social uma fotografia ao lado de Tereza Cristina, do general Augusto Heleno, que irá ocupar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de Azelene Inácio Kaingang, atual diretora de Proteção Territorial da Funai, e do marido de Azelene, Ubiratan Maia. "Juntos com Bolsonaro vamos mudar a história do Brasil", escreveu Soraya.
Diretora de um setor da Funai durante o governo de Michel Temer (MDB), Azelene é conhecida por defender parcerias entre indígenas e produtores rurais. Seu marido foi alvo de investigação movida pelo Ministério Público Federal em 2008 para apurar suposto arrendamento ilegal de terras indígenas em Santa Catarina.
 
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