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Política

- Publicada em 13 de Novembro de 2018 às 01:00

Tucanos podem definir em março se apoiam Bolsonaro

Os núcleos do PSDB enviaram ontem uma carta aberta à direção nacional do partido em que defendem a convocação de um congresso nacional para discutir o futuro da legenda e rever as teses, tendo como pano de fundo a postura em relação governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Os núcleos do PSDB enviaram ontem uma carta aberta à direção nacional do partido em que defendem a convocação de um congresso nacional para discutir o futuro da legenda e rever as teses, tendo como pano de fundo a postura em relação governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

A Executiva Nacional do partido se reúne na semana que vem, no dia 22, para organizar um calendário de reuniões e eleições internas, mas o debate sobre o posicionamento dos parlamentares em relação ao futuro governo Bolsonaro já se precipitou. Se vingar, o congresso nacional tucano poderia postergar a discussão para março.

"Indispensável é, a essa altura de nossa história e diante de tamanhos desafios que somos chamados a assumir, a articulação das vozes tucanas de todo o País em um Congresso Nacional. O primeiro passo é a discussão interna. Com serenidade, com responsabilidade. Sem extremismos, sem revanchismos", diz o texto, ao qual a reportagem teve acesso. "Façamos da esperança nossa obsessão, com mais discussão e menos palanquismo. Foi-se o tempo das respostas fáceis. Foi-se o tempo dos oportunismos."

A ideia debatida nos bastidores é realizar o encontro dois meses antes da Convenção Nacional, prevista para maio, quando as decisões do congresso seriam homologadas. A convenção deve marcar a ascensão de um novo grupo de dirigentes no partido, liderado pelos governadores eleitos, entre eles o de São Paulo, João Doria Jr, que defende apoio a Bolsonaro. O ex-governador paulista Geraldo Alckmin, derrotado na disputa presidencial, preside o diretório nacional e tem marcado posição contra Bolsonaro.

A proposta do congresso tem apoio da Juventude Tucana, do Tucanafro e da Diversidade Tucana. O PSDB Mulher, presidido pela deputada não reeleita Yeda Crusius (RS), não assinou. Os segmentos tucanos querem que militantes e dirigentes, com ou sem mandato, tenham o mesmo direito a voto e voz - o que manteria a relevância de parlamentares e dirigentes que não se elegeram.

A carta aberta alerta para "tentações populistas e nacionalistas" em todo o mundo e diz que, no Brasil, houve um grito de insatisfação nas urnas: "O esgotamento da chamada Nova República precipitou um interregno cheio das mais exóticas e extremas conformações políticas".

Citando que as urnas foram "impiedosamente claras" com o partido, a carta aberta cobra a autocrítica com participação de dirigentes e militantes, alguns dos quais flagrados em escândalos de corrupção.

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