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palácio do planalto

- Publicada em 08 de Novembro de 2018 às 01:00

Equipe de transição de Bolsonaro tem primeira baixa

Nomeado nesta segunda-feira como um dos 28 integrantes da equipe de transição de Jair Bolsonaro (PSL), o empresário Marcos Aurélio Carvalho deixará o grupo. Dono da agência AM4, responsável pela campanha digital do presidente eleito, afirmou, em entrevista ao Globo, nesta terça-feira, que não ocuparia um cargo no governo, mas gostaria de atuar como um assessor informal para Bolsonaro. É a primeira baixa na equipe recém-criada para planejar o novo modelo de gestão da União.
Nomeado nesta segunda-feira como um dos 28 integrantes da equipe de transição de Jair Bolsonaro (PSL), o empresário Marcos Aurélio Carvalho deixará o grupo. Dono da agência AM4, responsável pela campanha digital do presidente eleito, afirmou, em entrevista ao Globo, nesta terça-feira, que não ocuparia um cargo no governo, mas gostaria de atuar como um assessor informal para Bolsonaro. É a primeira baixa na equipe recém-criada para planejar o novo modelo de gestão da União.
As declarações de Carvalho ao Globo provocaram desconforto no núcleo duro do presidente eleito e irritaram Carlos Bolsonaro, filho de Jair e vereador no Rio. Ele usou seu perfil no Twitter para compartilhar a reportagem e atacar Carvalho.
As equipes de Bolsonaro e Carvalho apresentaram razões diferentes para a saída. Na manhã desta quarta-feira, um dos assessores de Jair Bolsonaro divulgou uma nota confirmando o desligamento do especialista em marketing digital: "Auto intitulado conselheiro e marqueteiro digital de Bolsonaro, função que nunca ocupou, Marcos Aurélio Tavares foi exonerado do gabinete de transição de Bolsonaro no dia seguinte à sua nomeação", diz o texto, que chama Carvalho de Tavares.
A presença de profissionais de estratégia digital na campanha contrariava Carlos Bolsonaro, que administra o perfil pessoal da família. Integrantes da campanha chegavam a pedir à imprensa que não usasse a palavra marqueteiro para não irritar o filho do presidente eleito.
Apesar de Carlos negar que a campanha tivesse uma equipe de marketing, a AM4 recebeu R$ 650 mil para serviços de internet e produção de programas de televisão. Na entrevista, Carvalho disse que iria cuidar da comunicação da equipe de transição.
"Vou auxiliar na melhor comunicação desse processo de transição", resumiu. "É um processo natural. A gente ficou imerso na casa do Paulo Marinho convivendo com uma equipe reduzida, convivendo com os cabeças do partido. Para mim, foi difícil o dia seguinte. Você está naquela adrenalina, como você volta para o cotidiano normal do seu escritório?"
O estrategista foi apresentado a Bolsonaro em janeiro deste ano, após procurar o então presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, e Flavio Bolsonaro. Por outro lado, Carlos Bolsonaro foi responsável pela gestão das páginas pessoais do pai nos últimos anos, quando ele se transformou em um fenômeno nas redes sociais.
Atualmente, Jair Bolsonaro têm 8,7 milhões de curtidas no Facebook, 2,35 milhões de seguidores no Twitter e 2,2 milhões de inscritos em seu canal no Youtube Carvalho divulgou uma nota na qual manifesta que seguirá colaborando com a equipe de Bolsonaro como voluntário: "Em função de notícias publicadas na imprensa envolvendo o meu nome, esclareço que minha participação na equipe de transição do governo federal se dará de forma voluntária. No dia de hoje (ontem), formalizei pedido para abrir mão de receber qualquer remuneração. Colaboro com a equipe de transição por acreditar no futuro governo e no intuito de contribuir com o meu País".
 

Presença de Jair Bolsonaro e vice no mesmo avião contraria segurança

Em sua primeira viagem oficial como presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) se deslocou a Brasília nesta terça-feira na mesma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou seu vice, Hamilton Mourão (PRTB).
A presença de ambos em um mesmo avião descumpre uma orientação de segurança contrária a transportar juntos os dois primeiros nomes da linha de sucessão presidencial.
A recomendação é feita para se evitar um vácuo de poder caso a aeronave sofra um acidente e nenhum dos dois tripulantes sobreviva. O episódio ocorrido nesta terça-feira, que acabou registrado em fotografia, foi criticado, de maneira reservada, tanto por integrantes das Forças Armadas como por auxiliares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Planalto.
Para eles,mesmo que Bolsonaro e Mourão não tenham ainda tomado posse, seria razoável que fossem transportados em aeronaves diferentes, protocolo que é seguido inclusive pelo GSI, que faz a segurança presidencial.