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governo de transição

- Publicada em 08 de Novembro de 2018 às 01:00

Jair Bolsonaro admite chegar a 18 ministérios

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu ontem a possibilidade de manter o status de ministério da Controladoria-Geral da União (CGU). Inicialmente, a equipe do capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu ontem a possibilidade de manter o status de ministério da Controladoria-Geral da União (CGU). Inicialmente, a equipe do capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.
"Já demos um passo e talvez seja mantido o status de ministério (da CGU). Mas não é pela governabilidade, é para que a gente possa apresentar realmente resultado. Talvez tenhamos que manter a Controladoria com status de ministério", afirmou ao deixar um encontro, na manhã de ontem, com dirigentes da Aeronáutica.
Trata-se de novo recuo de Bolsonaro sobre a composição de seu governo. Antes do período eleitoral começar, ele prometeu reduzir a estrutura atual da Esplanada, de 29 ministérios, à quase metade, 15. Ainda durante a campanha, ele admitiu subir o número de pastas para 16, depois do segundo turno, para 17, e, agora, já reconhece que pode contar com 18.
"Pode aumentar. O que nós temos que ter são os ministérios, são esses órgãos todos funcionando, sem interferência política", afirmou.
Bolsonaro vem enfrentando dificuldades para manter as fusões anunciadas em vários dos ministérios, caso de Agricultura e Meio Ambiente. A junção das duas pastas foi alvo de críticas tanto por parte de ambientalistas quanto de ruralistas.
Outro ponto que causa divergências inclusive na equipe que compõe seu núcleo duro é a união do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (Mdic) à Economia, pasta que será assumida por Paulo Guedes. "Deu confusão aí no Ministério do Meio Ambiente e Agricultura. O que não pode é continuar tendo a briga que sempre teve entre eles. Isso que não pode continuar acontecendo. Queremos preservar o meio ambiente, sem problema nenhum, mas não pode ter esse atrito", afirmou.
O presidente eleito, contudo, defendeu que Moro tenha uma estrutura ampliada na Justiça. "O que nós queremos para o Sérgio Moro é todos os meios para que ele possa cumprir 100% da missão de combater a corrupção e o crime organizado", disse. Ele voltou a dizer que é importante, para isso, parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) deixar de ser subordinada à Fazenda e passar a ser administrada pela Justiça. "Um braço do Coaf tem que estar dentro da Justiça para ele (Moro) ter em tempo real informações do que está acontecendo porque sem seguir o dinheiro, não tem como combater o crime organizado."
O governo de Michel Temer já pensou em retirar da CGU o status de ministério, mas acabou recuando após críticas. O emedebista alterou então o nome para Ministério da Transparência e CGU.

Bolsonaro coleciona idas e vindas na formação do governo

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já coleciona idas e vindas na formação e condução de seu governo antes mesmo de assumir. Ele enfrenta dificuldades para manter as fusões anunciadas em vários dos ministérios. A última delas é admitir a possibilidade de governar com 18 ministérios, enquanto a proposta, antes mesmo do período eleitoral, era reduzir de 29 para 15. Veja os principais recuos:
União do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio à Economia
Um ponto que causa divergências inclusive na equipe que compõe seu núcleo duro é a união do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (Mdic) à Economia, pasta que será assumida por Paulo Guedes. Após pressão do setor industrial, Bolsonaro chegou a descartar a inclusão do Mdic no superministério. Mas voltou atrás, o que foi comemorado por Guedes.
Saída do Acordo de Paris
Em setembro, Bolsonaro havia aventado a hipótese de retirar o Brasil do tratado que busca reduzir as emissões de dióxido de carbono em escala global. Na reta final da campanha, recuou.
Reduzir o número de ministérios para 15
Promessa feita antes mesmo do período eleitoral; ontem, Bolsonaro admitiu que pode governar com 18 pastas.
Fusão dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura
A unificação das pastas era uma promessa de campanha do capitão reformado. Depois, ele se disse aberto às sugestões de setores do agronegócio que defendem a manutenção da separação. E, agora, declarou que, “pelo que tudo indica”, permanecerão separados, e que a pasta ambiental será comandada por alguém que não seja “xiita” na defesa do ambiente.
General Heleno como ministro da Defesa
O general Augusto Heleno, que havia sido anunciado para o Ministério da Defesa desde a época de campanha por Bolsonaro, disse que vai assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Transferência da embaixada para Jerusalém
Bolsonaro prometeu, logo depois de eleito, transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A ideia foi proposta na campanha eleitoral para acenar ao governo de Israel e ao eleitorado evangélico que se alinha a ele. Mas, nesta semana, voltou atrás e disse que a mudança “não está decidida”.
CGU subordinada à Justiça
Bolsonaro admitiu a possibilidade de manter o status de ministério da Controladoria-Geral da União (CGU). Inicialmente, a equipe do capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

Heleno irá para o Gabinete de Segurança Institucional

O general da reserva Augusto Heleno afirmou, na manhã de ontem, que vai para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele estava indicado para comandar o Ministério da Defesa no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e não informou quem deve assumir a pasta. O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que um oficial da Marinha estaria sendo considerado para o cargo .
A declaração de Heleno foi dada na saída da sede do Comando da Aeronáutica, onde Bolsonaro e sua equipe tomaram um café da manhã com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Rossato e outros integrantes da cúpula da Força Aérea. "Eu vou para o GSI", afirmou brevemente aos jornalistas.
A assessoria do grupo de transição confirmou a mudança. Heleno faz parte da equipe mais próxima do presidente eleito e vem participando, junto com o vice-presidente eleito e os filhos de Bolsonaro, das agendas do presidente eleito em Brasília.
Em entrevista coletiva concedida na última terça-feira, Bolsonaro já tinha confirmado que poderia decidir não indicar Heleno para o ministério da Defesa, mas sim para o GSI, que, atualmente, é ocupado pelo também general Sérgio Etchegoyen.

Tereza Cristina é confirmada no Twitter como ministra da Agricultura

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, na tarde de ontem, no Twitter, que a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) será ministra da Agricultura em seu governo. A confirmação por parte do presidente eleito ocorreu minutos depois de a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ter informado que ela foi indicada pela entidade ao cargo. A FPA também informou que a pasta não será unida ao Ministério do Meio Ambiente, como chegou a ser aventado pela equipe do presidente eleito. Após a reunião com Bolsonaro, o vice-presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), não quis antecipar as sugestões da frente para a política agrícola. "Apresentaremos um documento ao presidente Bolsonaro ainda durante o período de transição", respondeu.