Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 06 de Novembro de 2018 às 22:24

MP e OAB pedem respeito à Constituição

Lamachia critica 'divisão inaceitável' do país

Lamachia critica 'divisão inaceitável' do país


LUIZA PRADO/JC
Bruna Suptitz
A defesa da Constituição Federal e das instituições públicas norteou a palestra promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide-RS) na manhã de ontem com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, e com o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen.

A defesa da Constituição Federal e das instituições públicas norteou a palestra promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide-RS) na manhã de ontem com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, e com o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen.

O presidente do Lide-RS, Eduardo Fernandez, identifica que os novos governantes deverão valorizar o setor produtivo. "Precisamos de governos comprometidos com o desenvolvimento", citou. Na palestra sobre o papel da Justiça frente ao cenário político e econômico do Brasil, Lamachia e Dallazen relacionaram o resultado do processo eleitoral com a expectativa que a população tem dos poderes.

"Independentemente do resultado das eleições, as instituições foram fortalecidas", defende Dallazen. Para ele, qualquer que seja o campo ideológico vencedor nas urnas, irá "tomar posse e exercer o mandato de acordo com o compromisso político assumido perante o eleitor que decidiu".

Na mesma linha, Lamachia sustenta que os derrotados no pleito deste ano têm "a obrigação de aceitar o resultado" e "o direito de trabalhar, se for o caso, na oposição, mas trabalhar pelo Brasil". Os palestrantes concordaram que, passado o processo eleitoral, a população deve aceitar e desejar que o novo governo seja o melhor possível para o País e para os estados, respeitando os preceitos legais.

Ainda assim, as dúvidas levantadas sobre o processo eleitoral preocupam órgãos como a própria OAB e o Judiciário, observa Lamachia. Ele estabeleceu um paralelo com o período da ditadura militar, "que foi sem dúvida nenhuma dramático", com o atual momento político do Brasil, "muito mais complexo". "Lá éramos todos lutando pela redemocratização. Hoje vivemos em um País permeado por inúmeros debates e uma divisão inaceitável", completou.

Repercutindo o que chamaram de "recado das urnas", os palestrantes ocuparam grande parte de suas falas com o tema da segurança pública. Entendendo que a eleição de candidatos com defesa de pautas nessa área demostra a aposta da população na solução institucional para este problema, Dallazen citou ações do Ministério Público gaúcho para desarticular economicamente facções criminosas.

O presidente da OAB também abordou o tema, a partir da ótica do sistema prisional, o qual ele entende ser o maior responsável pela criminalidade no País. Direcionando sua fala ao deputado estadual eleito tenente-coronel Zucco (PSL) - correligionário e próximo ao presidente eleito Jair Bolsonaro -, Lamachia pediu "ajuda": "precisamos reduzir o tamanho dos presídios para ter maior condição de ressocializar o preso". No momento dedicado a perguntas do público, Zucco pediu a palavra e manifestou ser "totalmente a favor que o presídio seja presídio". Citando o exemplo de um colega militar atingido por arma de fogo em serviço, disse que o sistema prisional deve ser "respeitado para que o preso não queira voltar. Temos que fazer um presídio efetivo, duro, que dê condições, mas hoje os presídios, para eles (presos) serve como escritório".

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO