O Exército abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar uma sessão de tortura dentro de um quartel na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo jornal Extra na sexta-feira passada.
A abertura da investigação foi determinada por três juízes diferentes após ouvirem os relatos dos presos. Quatro deles afirmaram, em depoimentos prestados em três ocasiões diferentes, que foram espancados com pedaços de madeira e levaram chicotadas com fios elétricos dentro de uma "sala vermelha" na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, em 20 de agosto. Ao todo, 11 presos relatam terem sido torturados na ocasião. Alguns afirmam que, ainda no jipe do Exército, levaram choques com armas taser e jatos de spray de pimenta no rosto. Um dos presos afirma que, na sala, "foi feito um interrogatório violento", em que os militares perguntavam sobre traficantes do Complexo da Penha. "Ao responder que não sabia, apanhava com madeiradas na nuca e chicotadas com fio elétrico nas costas", relatou o preso.
As lesões foram atestadas por uma médica durante a audiência de custódia.