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eleições 2018

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 01:00

Com retorno de Ciro ao Brasil, Haddad espera apoio

A quatro dias da eleição presidencial, o candidato a presidente do PT, Fernando Haddad, ainda nutre a esperança de receber um apoio enfático de Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na eleição presidencial.
A quatro dias da eleição presidencial, o candidato a presidente do PT, Fernando Haddad, ainda nutre a esperança de receber um apoio enfático de Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado na eleição presidencial.
Nesta sexta-feira, o pedestista retornará ao Brasil, após três semanas na Europa. A expectativa é de que ele chegue no início da noite ao aeroporto de Fortaleza, onde será recebido por amigos e aliados.
Para aliados de Haddad, uma manifestação pública de Ciro poderia impulsionar uma sonhada virada contra o adversário, o militar reformado Jair Bolsonaro (PSL), que lideras as pesquisas de intenções de voto.
Mesmo sem uma fotografia, petistas dizem acreditar que uma declaração do pedetista poderia reverberar nas redes sociais na reta final do segundo turno das eleições presidenciais, dando ideia de amplitude à candidatura de Haddad no campo democrático e minimizando a resistência ao PT.
O entorno de Ciro, contudo, considera pouco provável que ele faça um aceno explícito. A intenção do grupo do pedetista é tornar a recepção no aeroporto uma espécie de lançamento informal de sua candidatura à sucessão presidencial em 2022.
Desde que perdeu as eleições, Ciro fez críticas a Bolsonaro e defendeu a democracia, mas não mencionou Haddad e não declarou voto explícito à candidatura do petista.
 

Em pequenos grupos, eleitores do petista tentam 'virar voto'

"Se você vai votar nulo, vamos conversar?" Diante de pesquisas desfavoráveis e dos embates inflamados e infrutíferos das redes sociais, pequenos grupos de apoiadores de Fernando Haddad (PT) estão indo para ruas e praças para tentar reverter votos nulos e conquistar indecisos. A ideia, que está se espalhando por cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio Grande do Sul, é romper a "bolha" ideológica e travar conversas olho no olho, livres de paixões e baseadas em informações de fontes confiáveis em que se mostrem, por um lado, posturas reprováveis de Jair Bolsonaro (PSL) e, por outro, bons projetos do candidato petista.
Em Porto Alegre, a psicóloga Helen Barbosa, de 37 anos, aderiu e foi para o Parque da Redenção. "Vi a postagem no Facebook e resolvi fazer o mesmo porque queremos o acolhimento. Não temos a lógica da panfletagem. As pessoas estão sendo engolidas pelas fake news", justificou Helen.
Os grupos se sentem motivados pelo fato de a abstenção no primeiro turno ter sido recorde - quase 30 milhões de pessoas no País, ou 20,3% do eleitorado, o maior índice desde 1998 - e de os votos nulos e brancos terem somado 8,79%; por sua vez, os resultados das pesquisas eleitorais, que mostram manutenção da vantagem de Bolsonaro, não os tiram das ruas, garantiu o pedagogo Rodrigo Vinco, de 30 anos, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele está na organização de um conjunto de 50 pessoas que ocupou o calçadão comercial da cidade com a mesma abordagem. "A grande maioria é de professores. Usamos a paciência que temos no nosso dia a dia com alunos. Muita gente deixou de ir votar no primeiro turno. Temos que mostrar que os mandatos do Bolsonaro como deputado não representam as mudanças que ele promete, e expor as realizações do Haddad como prefeito de São Paulo. Esse movimento é totalmente espontâneo e é contra a epidemia de fake news", esclareceu.
No Instagram, o perfil "Vira Voto", com mais de 250 mil seguidores, reúne histórias bem-sucedidas de votos novos a Haddad.