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eleições 2018

- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 01:00

Entidades cobram condenação de ameaças a jornalistas

Entidades ligadas à imprensa e defesa de direitos humanos se uniram para cobrar dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) que condenem "de forma contundente" as ameaças e atos de violência contra jornalistas que cobrem a campanha eleitoral.
Entidades ligadas à imprensa e defesa de direitos humanos se uniram para cobrar dos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) que condenem "de forma contundente" as ameaças e atos de violência contra jornalistas que cobrem a campanha eleitoral.
A nota divulgada nesta quinta-feira é assinada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Artigo 19, Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Human Rights Watch, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Conectas Direitos Humanos.
A Abraji registrou 141 casos de ameaças e violência contra jornalistas que cobriam as eleições. A maioria deles é atribuída a partidários de Bolsonaro, enquanto o restante é atribuído a apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo a organização Artigo 19, os ataques contra jornalistas mulheres frequentemente incluem violências de gênero, incluindo assédio sexual on-line e ameaças de violência sexual. A diretora executiva em exercício para a América do Sul, Laura Tresta defendeu o respeito à liberdade de expressão para garantir a democracia no País.
Para o diretor regional para a América Latina da RSF, Emmanuel Colombié, os ataques de apoiadores de candidatos contra a imprensa "são inaceitáveis e indignos de qualquer partido político que almeja governar o País".
A diretora da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, afirma que qualquer pessoa pode discordar de uma reportagem, porém "ameaçar o jornalista e incitar outros a fazer o mesmo não só põe em perigo a segurança pessoal dos jornalistas, mas prejudica a liberdade de expressão e a democracia".
Segundo ela, os candidatos à presidência "devem defender o direito dos jornalistas de informar o público e o direito do público de ser informado".

Jungmann manda PF investigar intimidação de profissionais

Para ministro, pode haver ilícitos e ofensa à liberdade de imprensa

Para ministro, pode haver ilícitos e ofensa à liberdade de imprensa


/EVARISTO SÁ/AFP/JC
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, determinou nesta quinta-feira que a Polícia Federal (PF) investigue as ameaças contra uma jornalista e um diretor da Folha de S.Paulo.
Em ofício enviado ao diretor-geral da PF, Rogério Galloro, Jungmann pede que "sejam adotadas as providências necessárias à apuração dos fatos e à identificação de autoria, circunstâncias e motivações com eles envolvidas".
A Folha de S.Paulo entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira, solicitando à PF que instaure inquérito para apurar ameaças à repórter Patrícia Campos Mello e ao diretor executivo do Datafolha, Mauro Paulino. 
Os ataques começaram após a publicação da reportagem "Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp", no dia 18.
O jornal considera haver indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa.
No despacho ao comando da PF, Jungmann diz que, confirmadas as informações relatadas pelo jornal, "pode-se estar diante da configuração de ilícitos penais, e de direta ofensa à inviolabilidade de correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa".
A repórter Patrícia Campos Mello recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail.
O WhatsApp de Patrícia foi hackeado. Na invasão, parte de suas mensagens mais recentes foi apagada e seu aparelho enviou mensagens pró-Bolsonaro para alguns dos contatos da agenda telefônica da profissional. Ela recebeu duas ligações telefônicas de número desconhecido nas quais uma voz masculina a ameaçou.