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Eleições 2018

- Publicada em 18 de Outubro de 2018 às 12:42

PT cobra que TSE investigue ação de empresas nas redes sociais

Jornal revelou que empresas apoiadoras de Bolsonaro estariam bancando disparos de mensagens contra Haddad

Jornal revelou que empresas apoiadoras de Bolsonaro estariam bancando disparos de mensagens contra Haddad


CARL DE SOUZA / AFP/JC
Reagindo à manchete da edição desta quinta-feira (18) do jornal Folha de S.Paulo, que revela empresas bancando o disparo de mensagens contra o PT pelas redes sociais, o partido emitiu uma nota cobrando um posicionamento da Justiça Eleitoral. Para a legenda, a prática configura crime de caixa dois por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).
Reagindo à manchete da edição desta quinta-feira (18) do jornal Folha de S.Paulo, que revela empresas bancando o disparo de mensagens contra o PT pelas redes sociais, o partido emitiu uma nota cobrando um posicionamento da Justiça Eleitoral. Para a legenda, a prática configura crime de caixa dois por parte da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).
"É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune", diz a nota assinada pela Executiva do PT, que pediu na quarta-feira (17) à Polícia Federal uma investigação sobre a disseminação de supostas notícias falsas pela campanha de Bolsonaro.
O partido diz que está tomando todas as medidas judiciais para que Bolsonaro responda "por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha." A legenda do presidenciável Fernando Haddad pretende entrar ainda nesta quinta-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir providências.
A reportagem da Folha revelou que diversas empresas compram pacotes de disparo em massa de mensagens contra o PT em redes sociais e estariam preparando uma operação de grande escala na semana anterior ao segundo turno. De acordo com a matéria, a prática seria ilegal, pois configuraria doação de campanha por empresas, vedada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2015.
Os contratos envolveriam o disparo de centenas de milhões de mensagens por empresas de estratégia digital. De acordo com a Folha, cada contrato chegaria a R$ 12 milhões. Entre as contratantes estaria a Havan, cujo dono, Luciano Hang, foi acusado de coagir funcionários a votarem em Bolsonaro.

Juristas dão apoio a Haddad e cobram investigação do TSE

O presidenciável Fernando Haddad (PT) recebeu o apoio de um grupo de juristas para sua candidatura à Presidência da República. Reunidos em um hotel da capital paulista, os declaram apoio ao petista os advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Antônio Carlos de Almeida Castro, Celso Antônio Bandeira de Mello e o ex-ministro José Carlos Dias, além de outros juristas.
No evento houve uma cobrança para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigue a ação de empresas que, conforme reportagem da Folha de S.Paulo, estão bancando a disseminação de mensagens contra o PT e favoráveis a Jair Bolsonaro (PSL) pelas redes sociais. O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defendeu recorrer ao TSE para apurar a ação de empresas favoráveis a Bolsonaro.
"Não pensamos em impugnar a candidatura e não queremos isso, queremos ganhar nas urnas, mas é preciso mostrar as forças que estão por trás", disse o advogado, defendendo "bater à porta do TSE". "Não temos que ganhar no tapetão. É necessário que recorramos às instituições que estão postas", disse.
 
Juristas que se alinharam ao presidenciável petista tecem fortes críticas a Bolsonaro. Para Belisário dos Santos Junior, ligado ao PSDB, o que une o grupo é a defesa da Constituição. "Não falo nem pela democracia, eu falo do caminho da Constituição", declarou. "Difícil imaginar uma mulher que vá depositar o voto e não seja no candidato Haddad", emendou a criminalista Dora Cavalcanti.