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Política

- Publicada em 17 de Outubro de 2018 às 22:29

Candidatos ao governo do Estado elevam tom no debate da Federasul

Sartori (D) defendeu manutenção da EGR; Eduardo Leite (E) disse que não era papel do Estado

Sartori (D) defendeu manutenção da EGR; Eduardo Leite (E) disse que não era papel do Estado


CLAITON DORNELLES /JC
Marcus Meneghetti
Os candidatos ao governo do Estado no segundo turno - o governador José Ivo Sartori (MDB) e o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) - trocaram farpas ontem, durante a reunião-almoço Tá na Mesa, promovido pela Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Os empresários, assessores e autoridades que chegavam para o evento se deparavam com a calçada em frente ao Palácio do Comércio - no Largo Visconde do Cairu, em Porto Alegre - ocupada por militantes de Sartori e Leite.
Os candidatos ao governo do Estado no segundo turno - o governador José Ivo Sartori (MDB) e o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) - trocaram farpas ontem, durante a reunião-almoço Tá na Mesa, promovido pela Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Os empresários, assessores e autoridades que chegavam para o evento se deparavam com a calçada em frente ao Palácio do Comércio - no Largo Visconde do Cairu, em Porto Alegre - ocupada por militantes de Sartori e Leite.
Os dois grupos balançavam as bandeiras do seu respectivo candidato, disputando a atenção dos participantes. A rivalidade entre a militância foi uma prévia do embate que se viu durante o debate. Enquanto respondiam a perguntas feitas pela presidente da Federasul, Simone Leite (PP), tanto o emedebista quanto o tucano trocavam ataques - às vezes, sutis; às vezes, explícitos. O acirramento pareceu se estender à plateia: os apoiadores dessa ou daquele candidatura disputavam para ver quem aplaudia mais alto a fala do seu candidato.
Logo no início, Leite criticou o plano de governo de Sartori, por achar que "o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) vai resolver todos os problemas do Estado". "Concordo com o RRF. Não concordo com a fala irresponsável do governador, completamente ligada ao marketing, dizendo que vai ficar R$ 11,3 bilhões no Estado, como se o RRF garantisse uma doação ao Rio Grande do Sul. Não é isso. Esse valor vai ser cobrado lá na frente, dos futuros governadores", reclamou o tucano.
Durante a resposta, Sartori citou dados sobre a renegociação da dívida do Piratini com a União. "Negociamos a redução dos juros e alongamos o prazo de pagamento por mais 20 anos. E, em 2038, o estoque da dívida vai ter uma redução de R$ 22 bilhões", mencionou.
No terceiro bloco, Simone perguntou, entre outras coisas, sobre privatizações. Inevitavelmente, os candidatos falaram do plebiscito sobre a privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Sartori tem explorado o que considera uma contradição de Leite sobre o tema.
Apesar de ser a favor das privatizações, a bancada de deputados estaduais do PSDB foi decisiva na rejeição de um projeto do Palácio Piratini, enviado em junho para a Assembleia, viabilizando o plebiscito junto com as eleições. No debate de ontem, Leite - que também é presidente estadual do seu partido - não esperou os ataques de Sartori para explicar a posição dos tucanos.
"Somos favoráveis à privatização da CEEE, da CRM e da Sulgás. Fomos contra o plebiscito, porque, ao contaminar a consulta em uma eleição extremamente polarizada, iria tornar o resultado negativo", justificou o tucano. Mais tarde, Sartori respondeu: "O meu concorrente não quis a possibilidade do plebiscito, porque vai contaminar a eleição. Ora, quando a população vai ter a oportunidade de dizer que quer um Estado diferente?".
Ao pegar um papel, com uma notícia de jornal sobre o plebiscito realizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde a população foi consultada sobre o uso de veículos de tração animal, Leite leu um excerto mencionando a confusão que os eleitores faziam na hora de votar. "Muitas pessoas fizeram o voto oposto ao que desejavam. Só tinha um quadradinho para o eleitor digitar, não tinham opções. Após a votação, muitas pessoas reclamaram do sistema", disse, para exemplificar o que considerava a "contaminação" do plebiscito.
Em vários momentos, o emedebista e o tucano mostraram que têm posições diferentes em algumas áreas. Por exemplo, Sartori defendeu a manutenção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), pois, conforme relatou, o Estado conseguiu fazer a manutenção de trechos curtos de estradas graças à EGR. Leite disse que não era papel do Estado ter uma empresa de manutenção de rodovias.
 
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