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Política

- Publicada em 16 de Outubro de 2018 às 22:28

Assembleia Legislativa terá cinco novas bancadas

Eleições modificaram a distribuição partidária para a próxima legislatura do Parlamento gaúcho

Eleições modificaram a distribuição partidária para a próxima legislatura do Parlamento gaúcho


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Marcus Meneghetti
Na próxima legislatura, a Assembleia Legislativa vai ter cinco bancadas novas, eleitas no pleito deste ano. A maior será a do PSL, partido do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, que vai contar com quatro parlamentares. O DEM e o Novo conquistaram duas cadeiras. O SD e o Pode, elegeram bancadas com um deputado. 
Na próxima legislatura, a Assembleia Legislativa vai ter cinco bancadas novas, eleitas no pleito deste ano. A maior será a do PSL, partido do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, que vai contar com quatro parlamentares. O DEM e o Novo conquistaram duas cadeiras. O SD e o Pode, elegeram bancadas com um deputado. 
Além de fazer a maior bancada entre as novas, o PSL elegeu os dois deputados estaduais mais votados entre os 55 eleitos para o Parlamento em 2018 - o Tenente Coronel Zucco (166.747 votos) e Ruy Irigaray (102.117). Este pleito foi marcado pela renovação. Apenas 24 deputados se reelegeram. Em 2014, 33 parlamentares conquistaram nas urnas mais um mandato. 
Irigaray atribui a ampla votação na legenda a três fatores que modificaram o curso das eleições deste ano: a Operação Lava Jato, que abalou os partidos tradicionais, por apontar quadros envolvidos em corrupção; a atuação nas redes sociais, que ganhou espaço no lugar da campanha de rádio e televisão; e o efeito Bolsonaro, que não só fez uma grande votação no primeiro turno da eleição presidencial, como também atraiu votos para os candidatos ao Legislativo que se associaram a sua imagem. 
"O PSL é a referência do capitão Jair Bolsonaro aqui no Rio Grande do Sul. Não acreditamos em uma política de aparelhamento, mas sim em uma política de qualificação técnica. O Estado está aparelhado por partidos políticos, fazendo o jogo do 'toma lá, dá cá'. Nesse jogo, os apoiadores sem qualificação técnica acabam ocupando cargos importantes", avaliou Irigaray, amigo pessoal da família Bolsonaro.
Conforme o parlamentar, a bancada ainda não decidiu como vai se posicionar em relação ao próximo governo do Estado. Afinal, os dois candidatos ao Palácio Piratini, o governador José Ivo Sartori (MDB) e Eduardo Leite (PSDB), declararam apoio a Bolsonaro no segundo turno. De acordo com Irigaray, o PSL só vai tomar uma decisão depois de conversar com o "capitão" (Jair Bolsonaro) e com o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM) - coordenador da campanha do presidenciável no Rio Grande do Sul e cotado para a Casa Civil em um eventual governo do candidato do PSL.
Onyx - que também é presidente estadual do DEM - deve ainda arbitrar as diretrizes da bancada do seu partido. Entretanto, o deputado estadual eleito Doutor Thiago Duarte (27.907 votos), que atualmente é vereador de Porto Alegre, acredita que, a princípio, a sigla vai "se colocar de forma independente, analisando projeto a projeto".
"Pretendemos contribuir com o Executivo com as nossas especialidades: o Eric Lins (o outro deputado eleito pela legenda, com 23.042 votos) tem o conhecimento jurídico que adquiriu como procurador do Estado e vereador em Uruguaiana; e eu, a minha experiência na saúde e como legislador de Porto Alegre", projetou.
A atuação de Thiago Duarte na Câmara Municipal tem sido marcada pela defesa dos direitos dos servidores públicos municipais. Ele é médico obstetra no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas no município, e legista do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul. Ele planeja seguir a mesma linha na Assembleia, onde possivelmente tramitarão projetos propondo a retirada de direitos dos servidores, visto que Sartori e Leite defendem tais medidas.
"A minha defesa não é do servidor, mas do serviço público estadual. Não acredito que vai melhorar o serviço público depreciando ou retirando direitos dos servidores. A forma de melhorar é otimizando os recursos humanos, não esbanjando", avaliou Thiago Duarte.
Quanto às privatizações, a decisão ainda vai passar por debates no seu partido. "Mas não posso concordar que uma empresa superavitária seja privatizada, porque isso significaria abdicar recursos, o que é absurdo, principalmente em um período de crise", ponderou.
Na bancada do Partido Novo, Fábio Ostermann foi o mais votado, com 48.897 votos. Seu colega, Giuseppe Riesgo teve 16.244 votos. Ostermann atribui o resultado no pleito à coerência dos candidatos do Novo: "no segmento que disputávamos eleitores, entre os setores mais liberais da sociedade, tivemos a vantagem de ter a maior coerência entre os discursos liberais". Quando a posição em relação ao próximo governo, Ostermann defendeu a independência. "Mas podemos construir acordos em torno de pautas específicas, como por exemplo a privatização de estatais", garantiu.
Pelo SD, Neri, o Carteiro, se elegeu com 27.808 votos. Pelo Pode, o vereador Rodrigo Maroni conquistou uma cadeira, com uma votação de 26.449.
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