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eleições 2018

- Publicada em 09 de Outubro de 2018 às 01:00

MDB recomenda voto em Bolsonaro

Carta foi lida por Alceu Moreira (d) e entregue ao governador

Carta foi lida por Alceu Moreira (d) e entregue ao governador


/MARCO QUINTANA/JC
"Recomendamos o voto em Jair Bolsonaro (PSL)." Assim terminava a carta lida ontem à tarde na sede estadual do MDB, pelo presidente do partido, Alceu Moreira - com a decisão da legenda sobre o segundo turno das eleições presidenciais, na qual o candidato do PSL enfrenta Fernando Haddad (PT). Depois de proferir a leitura, Moreira entregou o documento ao candidato à reeleição, governador José Ivo Sartori (MDB), que vai disputar o segundo turno da eleição estadual com o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB).
"Recomendamos o voto em Jair Bolsonaro (PSL)." Assim terminava a carta lida ontem à tarde na sede estadual do MDB, pelo presidente do partido, Alceu Moreira - com a decisão da legenda sobre o segundo turno das eleições presidenciais, na qual o candidato do PSL enfrenta Fernando Haddad (PT). Depois de proferir a leitura, Moreira entregou o documento ao candidato à reeleição, governador José Ivo Sartori (MDB), que vai disputar o segundo turno da eleição estadual com o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB).
Apesar da manifestação de Sartori na noite de ontem, na coletiva no Hotel Intercity, onde pediu união dos aliados em torno de uma candidatura ao Palácio do Planalto, a decisão anunciada por Moreira não se estende a todos os partidos da coligação O Rio Grande no rumo certo (MDB, PSD, PSB, PR, Patri, PTC, PSC, PMN e PRP). Mesmo assim, alguns líderes partidários acompanharam o presidente do MDB na leitura da carta - como o vice-governador José Paulo Cairoli (PSD), a presidente do Patri e um representante do PRP.
Depois de ouvir o presidente do MDB, Sartori recebeu o ofício das mãos de Moreira. Em seguida, se pronunciou. "Vou seguir a orientação do partido. Talvez, não com a mesma empolgação de muitos. Mas acato a decisão com modéstia e tranquilidade", se comprometeu - o que lhe gerou aplausos. 
Entretanto, fez uma ressalva: "Os (partidos da coligação) que tiverem uma posição divergente têm que ser respeitados". Entre as siglas que resistem em apoiar a candidatura de Bolsonaro está o PSB. Alguns emedebistas históricos também resistem em apoiar o candidato do PSL, por ele defender aspectos da ditadura militar (1964-1985) e torturadores como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. O MDB foi o partido de oposição ao regime militar brasileiro.
Por causa da história da legenda, o presidente dos emedebistas gaúchos deixou claro que a sigla "não está concordando com o posicionamento ideológico do candidato do PSL. Estamos apenas dizendo que, diante do cenário do segundo turno, com o outro candidato sendo do PT, estamos apoiando Bolsonaro. Apenas isso".
Perguntado por um jornalista sobre o que Ulysses Guimarães pensaria da decisão, Moreira respondeu fazendo uma crítica a
Haddad: "se Ulysses tivesse que decidir entre votar no pau-mandado de um presidiário (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT) e no Bolsonaro, escolheria a segunda opção". E complementou: "nossas divergências com o PT são infinitamente maiores que as com o Bolsonaro".
O adversário de Sartori, o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite, anunciou apoio a Bolsonaro ontem à noite, depois de saber que iria disputar o segundo turno da eleição gaúcha. Em entrevistas posteriores, não confirmou categoricamente o apoio. "Não fizemos uma discussão açodada. Não saímos do microfone no primeiro minuto, depois de saber que estaríamos no segundo turno, dizendo que apoiaríamos o candidato do PSL, para surfar na onda Bolsonaro. Nos reunimos, como pediu o governador, e decidimos", alfinetou Moreira.
 

PP e Ana Amélia abrem apoio a candidato do PSL para presidência

Candidata à vice-presidência na chapa de Geraldo
Alckmin (PSDB), que somou apenas 4,7% dos votos, a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) abriu ontem voto a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa à presidência da República. Em nota, disse ter sido "uma das maiores defensoras do impeachment de (ex-presidente) Dilma Rousseff (PT) e uma das vozes mais fortes no Senado contra o desgoverno do PT no Brasil". Para Ana Amélia, uma possível volta do PT ao poder "será uma ameaça à democracia e, especialmente, à (operação) Lava Jato".

Ainda assim, uma publicação na conta de Ana Amélia no Twitter em 18 de setembro fazia referência ao movimento de mulheres que se mobilizaram nas redes sociais contra Bolsonaro. Ela compartilhou uma imagem falando em intolerância e machismo com as inscrições "ele não" e "ele nunca". No mesmo dia, contudo, apagou a publicação.
A senadora segue, agora, orientação do PP estadual, que pede "máximo apoio e trabalho em favor dos candidatos Jair Bolsonaro e Eduardo Leite". Dar palanque ao candidato do PSL era a orientação inicial da sigla quando previa lançar Luis Carlos Heinze como candidato ao governo - ele acabou eleito como o senador mais votado no Estado -, mas o partido mudou de estratégia quando Ana Amélia aceitou compor a chapa com Alckmin.