Renovação na Assembleia Legislativa gaúcha chega a 56%

As 55 cadeiras da Assembleia Legislativa irão sofrer drásticas alterações no próximo ano. A formação da legislatura 2015-2018 terá 56,3% de alterações, se comparada à composição de deputados estaduais que iniciarão sua atuação em janeiro de 2019. Dos 55 parlamentares com assento atualmente, apenas 24 garantiram a reeleição - número menor do que nos últimos pleitos, quando 33 deputados foram reeleitos.

Apesar de perder três parlamentares, o PT continua sendo a maior bancada da Casa. Desta vez, dividindo a liderança com o MDB, ambos com 8 eleitos cada. Edegar Pretto manteve o posto de mais votado entre os petistas, crescendo mais de 13 mil votos em relação à disputa passada e ultrapassou os 90 mil votos. No lado emedebista, o candidato mais bem votado foi Gabriel Souza, desde 2016 líder do governo de José Ivo Sartori no Legislativo.

A surpresa no Parlamento gaúcho foram as quatro vagas conquistadas pelo PSL. O partido, que antes não tinha representação na Assembleia, impulsionado pelo candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, elegeu os dois candidatos mais bem votados no Estado: Tenente Coronel Zucco, com 166.747 votos, e Ruy Irigaray, com 102.117.

Outra novidade é o Partido Novo, que, com os candidatos Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo, vai ocupar dois lugares após participar pela primeira vez de uma corrida à Assembleia. Situação parecida vive o DEM, que antes não ocupava a tribuna da Casa e, agora, contará com Thiago Duarte e Eric Lins.

O PP será o terceiro partido gaúcho com mais deputados estaduais, com seis cadeiras, e o PTB, seu coligado, mantém as cinco cadeiras que já tinha. O PDT  reduziu sua representatividade à metade, caindo de oito para quatro cadeiras. O PSDB manteve suas quatro cadeiras e o PSB manteve suas três; o PR, duas; PRB, duas; o PSOL, uma; assim como o PPS e o PSD. Perderam seus lugares na Assembleia o PCdoB, o PPL e o PV.