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Eleições 2018

- Publicada em 07 de Outubro de 2018 às 23:00

PT de Rossetto fica em 3º lugar, pior desempenho desde 1990

Apesar da derrota, candidato (c) avaliou que a sigla segue como uma grande força política no Estado

Apesar da derrota, candidato (c) avaliou que a sigla segue como uma grande força política no Estado


/LUIZA PRADO/JC
Exatamente quatro horas depois do fechamento das urnas, às 21h, o candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto, iniciou o pronunciamento em que reconheceu a derrota na disputa eleitoral. O petista acompanhou a apuração no hotel Master Express, em Porto Alegre, e, apesar de ter o revés confirmado às 19h30min, aguardou o desfecho do resultado da eleição presidencial para se pronunciar.
Exatamente quatro horas depois do fechamento das urnas, às 21h, o candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Miguel Rossetto, iniciou o pronunciamento em que reconheceu a derrota na disputa eleitoral. O petista acompanhou a apuração no hotel Master Express, em Porto Alegre, e, apesar de ter o revés confirmado às 19h30min, aguardou o desfecho do resultado da eleição presidencial para se pronunciar.
Visivelmente abatido, o candidato adentrou a sala preparada para a entrevista pouco antes das 21h. Antes de discursar, ouviu o presidente estadual do PT, Pepe Vargas, dizer que, independentemente de quem for eleito no segundo turno, o partido fará oposição. "São duas faces do mesmo projeto, ao qual faremos oposição em defesa do patrimônio do povo gaúcho e de seus direitos", afirmou, em referência às candidaturas de Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB).
Ao iniciar a fala, Rossetto agradeceu aos militantes, se disse feliz com a reeleição do senador Paulo Paim (PT) e aumentou o tom de voz para sublinhar que o resultado da disputa eleitoral foi importante para o PT. "Seguimos como uma grande força política no Estado. Fizemos mais de um milhão de votos, uma votação muito expressiva e potente que nos dá uma representação política forte", declarou.
Apesar da afirmação, seus 17,76% de votos conquistados representam o pior resultado eleitoral do PT no Rio Grande do Sul desde 1990, quando Tarso Genro disputou o governo pela primeira vez e teve 10,16% de votos. A eleição de 2018 também é a primeira em que o partido não consegue levar seu representante ao segundo turno nos últimos 28 anos - a exceção foi 2010, quando Tarso Genro venceu no primeiro turno.
Depois do pronunciamento, questionado sobre o desempenho e sobre possíveis erros durante a disputa eleitoral, o candidato foi sucinto: "Na condição adversa que nós enfrentamos durante todo esse período eleitoral, os mais de 1 milhão de votos, a reeleição de um senador, a manutenção de cinco deputados federais e oito estaduais expressam uma grande força politica no Rio Grande do Sul . É isso que essa eleição nos mostra", respondeu, sem mencionar qualquer equívoco na campanha.
Ainda durante o discurso, Rossetto convocou a militância a se empenhar na campanha de Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial, convidando inclusive outros partidos a apoiarem o petista. "Nossos presidentes (do PT e PCdoB) tomarão a inciativa de convidar a representação do PDT, do PSOL, do PSB, dos partidos que têm compromisso com a democracia e de todos os setores democráticos da sociedade gaúcha (a apoiar Haddad)", disse.
Ex-ministro do Trabalho, da Secretaria Geral da Presidência e do Desenvolvimento Agrário e vice-governador do Estado durante a gestão de Olívio Dutra (PT, 1999-2002), Rossetto foi escolhido o nome petista à disputa ao Palácio Piratini depois de sete eleições seguidas em que a sigla teve Olívio Dutra ou Tarso Genro como candidatos. Em 2006, quando concorreu ao Senado, terminou derrotado por Pedro Simon (MDB).

Bolsonaro é 'mobilizador do ódio nacional', diz Maria do Rosário

Reeleita deputada federal com mais de 97 mil votos, Maria do Rosário (PT) qualificou a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) como "o maior desafio que as forças democráticas brasileiras já enfrentaram desde o período final da ditadura militar".
Protagonista de notórios embates contra Bolsonaro na Câmara Federal, que resultaram, inclusive, em uma ação penal por apologia ao estupro, Rosário pediu uma união do campo progressista, e defendeu que a campanha de segundo turno se concentre em mostrar "a verdadeira face" do concorrente ao Planalto. "Jair Bolsonaro não é um candidato a presidente, simplesmente. É um mobilizador do ódio nacional. Criou em torno de minha pessoa uma ideia de que defendo crimes, e é ele quem comete crimes contra mim, contra os LGBTs, contra os negros e as mulheres", acentuou a deputada, durante a coletiva de Miguel Rossetto (PT).
Segundo ela, "não é tempo de chorar, mas de amor e luta" contra uma candidatura que, na sua visão, diminui o ser humano e ameaça direitos dos trabalhadores. A petista assumirá, em 2019, o quinto mandato consecutivo no Congresso Nacional.

Jairo Jorge diz que 'combateu um bom combate' e espera para breve decisão sobre 2º turno

Ao reconhecer a derrota, pedetista destacou momento de polarização no Estado

Ao reconhecer a derrota, pedetista destacou momento de polarização no Estado


RAMIRO FURQUIM/DIVULGAÇÃO/JC
Na sede de seu comitê eleitoral, na avenida Érico Veríssimo, região central de Porto Alegre, o candidato Jairo Jorge (PDT) entrou sob aplausos de correligionários para a coletiva de imprensa realizada em torno das 19h30min de ontem. Em tom ameno, ele relembrou o período de pré-campanha e campanha. "Visitamos todas as 497 cidades e ouvimos mais de 25 mil gaúchos", disse o ex-prefeito de Canoas, que ficou na quarta colocação na disputa ao Piratini, com 661.717 votos (11,08%).
"O momento em que estamos vivendo é de polarização, de disputa, e em face disso tivemos essa polarização aqui no Estado", disse o candidato, ao reconhecer a derrota no primeiro turno. Jairo Jorge também anunciou que o PDT deve tomar posição no segundo turno, embora não tenha dito se o apoio vai para Eduardo Leite (PSDB) ou José Ivo Sartori (MDB).
Segundo ele, a sigla deverá debater quem apoiar, por entender que os votos recebidos por sua candidatura podem ser decisivos no segundo turno. Ele agradeceu à militância do partido e das legendas que compuseram a aliança, à esposa Thaís e aos votos que recebeu. "Eu tenho o sonho de ser governador, agora tenho esse sonho no meu coração", declarou. "Quem sabe no futuro", completou.
Na manhã de domingo, Jairo votou em Canoas após um café da manhã com a imprensa e correligionários no salão de festa de seu prédio. Na ocasião, disse que contava com um voto de "esperança" dos eleitores, e que desejava "acabar com essa polarização, chimangos ou maragatos, que infelizmente levou o Rio Grande do Sul a esse beco sem saída". Na coletiva da noite, o pedetista enfatizou: "eu combati o bom combate".

Petistas perdem cadeiras no Estado

Apesar de reeleger Paulo Paim ao Senado, o PT perdeu duas cadeiras na Câmara dos Deputados (de sete para cinco) e três na Assembleia Legislativa (de 11 para oito), na comparação com 2014. Fora do segundo turno no Estado pela primeira vez desde 1990, o partido não terá palanque para Fernando Haddad no Rio Grande do Sul.