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Eleições 2018

- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 01:00

Apoiadores de Bolsonaro disparam na reta final

Wilson Witzel (PSC) manifestou apoio ao capitão reformado

Wilson Witzel (PSC) manifestou apoio ao capitão reformado


MAURO PIMENTEL /AFP/JC
Candidatos ligados ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ou que se aproximaram dele recentemente mostraram grande crescimento na reta final da eleição segundo pesquisas de boca de urna realizadas pelo Ibope neste domingo e números parciais liberados. Bolsano ajudou também a turbinar candidados ao Congreso Nacional aos legislativos.
Candidatos ligados ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ou que se aproximaram dele recentemente mostraram grande crescimento na reta final da eleição segundo pesquisas de boca de urna realizadas pelo Ibope neste domingo e números parciais liberados. Bolsano ajudou também a turbinar candidados ao Congreso Nacional aos legislativos.
São arrancadas que aconteceram no último dia de votação, provavelmente por efeito de associação com o nome de Bolsonaro. Na eleição para governador do Rio de Janeiro, o ex-juiz federal Wilson Witsel (PSC), que tem manifestado publicamente apoio ao capitão reformado do Exército, apareceu como líder na pesquisa de boca de urna. Com 81% dos votos válidos, estava com 41% à frente de Eduardo Paes (19%). Na pesquisa de sábado (6) do Ibope, Witsel aparecia na quarta colocação, com apenas 12%. Azarão da eleição do Rio, Witzel é um novato que se apresentou ao eleitor como um político não profissional com experiência no combate à corrupção. De completo desconhecido, ganhou popularidade na reta final na esteira de seu apoio declarado a Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.
Witzel é servidor público com passagens pela Marinha, Instituto de Previdência do Município do Rio (Previ-Rio) e Defensoria Pública. É professor e ex-presidente da Associação dos Juízes Federais do Rio e do Espírito Santo, com carreira na Justiça Federal por 17 anos, tendo participado de casos de repercussão, como o do propinoduto. Ele tem 50 anos, é de Jundiaí e mora no Rio desde os 19 anos. Começou a campanha quase sem pontuar, chegando a sexto lugar nas pesquisas há duas semanas e segundo lugar na última sondagem do Datafolha, empatado com Romário Faria (Podemos), e em terceiro na sondagem do Ibope.
Witzel deixou em março a magistratura e um salário bruto de R$ 29 mil. Centrou sua campanha em dois pilares: o combate à corrupção e à criminalidade, em um estado que tem um ex-governador (Sérgio Cabral Filho, do MDB) preso e condenado a mais de 100 anos de prisão acusado de chefiar um esquema de corrupção, e que há décadas vem mergulhado na violência urbana.
Com o slogan "mudando o Rio com juízo", e vendendo-se como alguém que "deixou de ser excelência para se juntar ao povo", o candidato do PSC defende uma força-tarefa contra o narcotráfico e as milícias, sob a lógica que norteou a Polícia Federal na Lava Jato, de rastreamento do dinheiro lavado e de monitoramento telefônico, além de um endurecimento contra traficantes. Para ele, quem estiver portando fuzil num eventual governo seu será "abatido", por representar um "risco iminente".
Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) disparou em intenções de voto desde que declarou apoio a Bolsonaro durante debate de candidatos a governador no estado. Na pesquisa de boca de urna deste domingo, Zema chegou a 41% dos votos válidos, ultrapassando o tucano Antonio Anastasia, que somou 29%, na segunda colocação. O atual governador, Fernando Pimentel (PT), está com 22% e ocupa a terceira posição. Na pesquisa de sábado, Zema estava na terceira colocação, com 23% das intenções de voto, atrás de Antonio Anastasia e Pimentel. Com 89% dos votos apurados, Zema tinha 43,5% e Anastasia (PSDB) 29%.
Zema conseguiu colar sua candidatura à de Bolsonaro ao pedir votos úteis para o capitão durante debate na TV na terça-feira (2). O episódio gerou crise no Novo, que chegou a estudar sua expulsão por infidelidade partidária. João Amoedo é o candidato à Presidência do partido.

Ratinho Junior é o novo governador do Paraná; Santa Catarina terá 2º turno

Filho do apresentador Ratinho, o deputado estadual Ratinho Junior (PSD) foi eleito o novo governador do Paraná, no primeiro turno. Em segundo lugar, ficou a atual governadora, Cida Borghetti, (PP). Ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Ratinho, 37 anos, fez uma coligação com nove partidos, e se uniu a nomes de fora da política, como o candidato a senador Oriovisto Guimarães, professor e fundador do Grupo Positivo, também confirmado ontem. Eleito deputado aos 21 anos, o pessedista se posicionou como o "novo" e criticou a "velha política". Entre suas promessas, estão enxugar a máquina pública, vender prédios do governo, rever a carga tributária e investir em energia eólica.
O candidato mais votado para o governo em Santa Catarina, Gelson Merisio (PSD), com 31,12% dos votos válidos, disse que mantém um profundo respeito ao Comandante Moisés (PSL), adversário no segundo turno, que surpreendeu ao conseguir o segundo lugar. Moisés obteve 29,72% dos sufrágios. Representando o partido de Bolsonaro, Carlos Moisés da Silva é coronel da reserva do Corpo de Bombeiros.

Em São Paulo disputa será entre João Doria e Márcio França

Depois de muita disputa em torno do segundo lugar, o ex-prefeito João Doria (PSDB) e o governador Márcio França (PSB) concorrerão ao comando do estado de São Paulo no segundo turno. Com quase 100% das urnas apuradas, Doria estava com 32,20% e França, com 21,83% dos votos válidos. Fernando Skaf (MDB) ficou em terceiro, com 21,38%. Em quarto, ficou o petista Luiz Marinho, com 12,83%.
João Doria é ex-prefeito de São Paulo, eleito em 2016. Tem 58 anos e é formado em jornalismo e publicidade. Foi apresentador de televisão, com programas na TV Bandeirantes, Manchete e Rede TV! Empresário, tem um grupo de marketing que promove eventos e iniciativas culturais e publicações.
Em 2003, fundou o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade com 1,7 mil empresas filiadas. Foi secretário de Turismo da capital paulista na gestão do então prefeito Mário Covas e presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) no governo do presidente José Sarney.
Márcio França, atual governador do estado de São Paulo, é advogado e professor, foi vereador, prefeito, deputado federal, secretário de estado e vice-governador. Nasceu em Santos a 23 de junho de 1963. Começou sua carreira como líder estudantil em Santos. França foi eleito vereador por dois mandatos em São Vicente (1989-1996). Em 1997 foi eleito prefeito e, depois, eleito e reeleito deputado federal (2007 a 2014). Também foi secretário de Turismo no governo de Geraldo Alckmin e vice-governador. Assumiu o estado com a saída de Alckmin para disputar a eleição presidencial.