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Política

- Publicada em 02 de Outubro de 2018 às 23:28

Líder em Minas, Dilma deve retornar a Brasília

Ex-presidente lidera isolada enquanto busca ajudar Fernando Pimentel a se reeleger

Ex-presidente lidera isolada enquanto busca ajudar Fernando Pimentel a se reeleger


ROBERTO STUCKERT FILHO/AFP/JC
Carlos Villela
Pouco mais de dois anos após o impeachment que encerrou seu segundo mandato, em 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a disputa para o Senado Federal em Minas Gerais, seu estado natal e novo domicílio eleitoral - que, até então, era Porto Alegre, onde fez a graduação em Economia e consolidou sua trajetória na vida pública. Na pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope no dia 27 de setembro, a petista lidera isolada a corrida, com 26% dos votos, enquanto o segundo lugar é uma disputa acirrada entre o deputado estadual Dinis Pinheiro (SD) e o jornalista Carlos Viana (PHS), ambos com 15%, e o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), com 14%. O segundo turno das eleições presidenciais de 2014 quase foram reeditados na disputa ao Senado, mas Aécio Neves (PSDB) desistiu da reeleição e, agora, busca uma vaga para a Câmara dos Deputados.
Pouco mais de dois anos após o impeachment que encerrou seu segundo mandato, em 2016, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a disputa para o Senado Federal em Minas Gerais, seu estado natal e novo domicílio eleitoral - que, até então, era Porto Alegre, onde fez a graduação em Economia e consolidou sua trajetória na vida pública. Na pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope no dia 27 de setembro, a petista lidera isolada a corrida, com 26% dos votos, enquanto o segundo lugar é uma disputa acirrada entre o deputado estadual Dinis Pinheiro (SD) e o jornalista Carlos Viana (PHS), ambos com 15%, e o deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), com 14%. O segundo turno das eleições presidenciais de 2014 quase foram reeditados na disputa ao Senado, mas Aécio Neves (PSDB) desistiu da reeleição e, agora, busca uma vaga para a Câmara dos Deputados.
Com a dianteira na disputa, Dilma pode ser eleita para a casa que consolidou o impeachment. Dos 81 senadores, 61 votaram a favor de sua cassação. Entretanto, apenas 42 pediram a cassação dos direitos políticos. Na época, o chamado "fatiamento" da votação causou polêmica, e essa controvérsia ressurgiu logo após o registro de seu nome na disputa ao Senado.
Desde a inscrição, a candidatura de Dilma recebeu 10 pedidos de impugnação. Entre os autores dos pedidos está o diretório do Novo em Minas Gerais e a candidata a deputada federal Danielle Cunha (MDB-RJ), filha de Eduardo Cunha - ex-presidente da Câmara dos Deputados e algoz de Dilma durante a votação do impeachment. Os pedidos argumentavam que a cassação deveria acarretar em uma perda dos direitos políticos por oito anos.
Entretanto, de acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais, não há impedimentos para que Dilma concorra ao Senado já que o processo de divisão da votação não pode ser revisado. No dia 17, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mineiro aprovou a candidatura de Dilma ao Senado em uma votação apertada de 4 a 3.
A campanha de Dilma é coordenada pela socióloga Eleonora Menicucci, ex-ministra da extinta Secretaria de Políticas para as Mulheres durante o governo da petista. Eleonora, que é a favor da descriminalização do aborto, foi uma das ministras mais criticadas durante o governo.
O primeiro suplente de Dilma, o vereador belo-horizontino Pedro Patrus (PT), é filho de Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Dilma e do Desenvolvimento Social no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Patrus tem atuação na área de direitos humanos, especialmente em relação à população LGBT.
Em 2011, em meio a uma pressão da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, o governo Dilma recuou com o lançamento do Escola sem Homofobia. De acordo com a então presidente, seu governo defendia "a educação e também a luta contra práticas homofóbicas", mas também disse que "não vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais", uma escolha de palavras que desagradou movimentos LGBTs.
"Existiu uma pressão no primeiro mandato dela em relação à bancada conservadora", reconheceu Patrus, que disse que Dilma, enquanto presidente, tinha que fazer mediação e diálogo com essa bancada. Contudo, de acordo com o suplente, "com certeza, agora, nesta candidatura, ela está bem mais livre" para lidar com assuntos progressistas. "Ela tem feito uma campanha muito propositiva, e essa questão dos direitos humanos é tratada de uma forma brilhante", disse.
Enquanto Dilma lidera com folga em todas as pesquisas de intenção de voto, o atual governador mineiro Fernando Pimentel (PT) encontra dificuldades para se reeleger. De acordo com a pesquisa do Datafolha para o governo do estado, Pimentel está com 23% das intenções de votos - 10 pontos atrás do senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSDB).
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