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Política

- Publicada em 01 de Outubro de 2018 às 23:30

Em ato na Esquina Democrática, Guilherme Boulos pede voto em projeto no primeiro turno

Presidenciável criticou a negociação de pautas progressistas em troca de governabilidade

Presidenciável criticou a negociação de pautas progressistas em troca de governabilidade


MARIANA CARLESSO/JC
Carlos Villela
O candidato à presidência Guilherme Boulos (PSOL) esteve em Porto Alegre na tarde de ontem para fazer uma mobilização com correligionários.
O candidato à presidência Guilherme Boulos (PSOL) esteve em Porto Alegre na tarde de ontem para fazer uma mobilização com correligionários.
Boulos discursou para o público presente na Esquina Democrática, ao som dos gritos de "eu não abro mão de presidente que faz ocupação", em referência ao ativismo de Boulos como coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o candidato do PSOL criticou a fala do candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre a possibilidade de não aceitar o resultado das eleições de outubro. "Vai haver muralhas de resistência", disse Boulos. "Sábado foi o início da derrota de Jair Bolsonaro", dia em que ocorreram atos contra o presidenciável em diversas cidades brasileiras.
Em sua agenda, o candidato do PSOL estava companhado da candidata a vice-presidente Sonia Guajajara (PSOL), do candidato ao governo do Estado Roberto Robaina (PSOL), da candidata a vice governadora Camila Goulart (PSOL) e dos candidatos ao Senado Cleber Soares (PCB) e Romer Guex (PSOL).
Boulos também pediu que o voto no primeiro turno deve ser no projeto que o eleitor acredita, numa crítica ao voto útil para o pleito presidencial. Ele também defendeu a descriminalização do aborto, e criticou a negociação de pautas progressistas em troca de governabilidade com a bancada conservadora. "Podem votar na única chapa que não vai chamar o Meirelles" disse Boulos, brincando com o slogan da campanha do candidato do MDB e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, seu maior alvo nos debates.
Com trajetória na militância pelos direitos da população indígena, Sonia Guajajara criticou o agronegócio "que está nos matando" e fez um discurso com foco em questões sociais. "Não vamos mais aceitar que o Brasil seja o país que mais mata defensores dos direitos humanos e ambientais", disse, sob aplausos do público. Ela disse que sua chapa representa uma reação à ausência do Estado para com as minorias brasileiras e a defesa do meio ambiente. "Quando destrói a mãe terra, destrói toda a humanidade. Não é só uma luta indígena, é uma luta humanitária", completou.
Em diversos momentos, o público cantou as palavras "Ele não", referentes a Bolsonaro. Manifestantes também pediram justiça para Marielle Franco, a vereadora e ativista carioca que foi executada junto com o motorista Anderson Gomes em março. Os presentes fizeram um minuto de aplausos em memória de Marielle, porque, de acordo com Boulos em seu discurso, "os lutadores já foram silenciados demais".
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