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Política

- Publicada em 02 de Outubro de 2018 às 01:00

Moro libera delação de Antonio Palocci sobre Lula

O juiz Sérgio Moro levantou o sigilo do Termo de Colaboração 1 do ex-ministro dos governos dos petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci. Essa parte da delação de Palocci, que o ex-ministro fechou com a Polícia Federal e foi homologada pelo desembargador Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), está inserida nos autos de uma das ações penais da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula, em que ele é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento em São Bernardo do Campo e de um terreno supostamente destinado ao Instituto Lula.
O juiz Sérgio Moro levantou o sigilo do Termo de Colaboração 1 do ex-ministro dos governos dos petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci. Essa parte da delação de Palocci, que o ex-ministro fechou com a Polícia Federal e foi homologada pelo desembargador Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), está inserida nos autos de uma das ações penais da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula, em que ele é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento em São Bernardo do Campo e de um terreno supostamente destinado ao Instituto Lula.
Na delação, Palocci disse que o ex-presidente mandou, em 2010, que a Petrobras construísse 40 sondas para garantir o futuro político do PT com a eleição de Dilma. Lula teria nomeado Palocci para gerir as verbas ilícitas da estatal e garantir a reeleição da ex-presidente petista.
O depoimento mostra também que a ideia de nacionalização do projeto do pré-sal se deu "pelo aspecto social, de geração de empregos e desenvolvimento nacional, e objetivo, para atendimento dos interesses das empreiteiras nacionais, as quais tinham ótimo relacionamento com o governo". Esse relacionamento seria benéfico diante da facilidade de se discutir com OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa "contribuições para campanhas eleitorais", relacionamento mais fácil do que tentar com empresas estrangeiras.
Palocci também afirma que as campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014, que elegeram a ex-presidente Dilma, custaram até quatro vezes o valor declarado à Justiça Eleitoral. Segundo ele, a campanha de 2010 custou R$ 600 milhões, e a de 2014, R$ 800 milhões. Os gastos declarados, porém, foram de R$ 153 milhões e R$ 350 milhões, respectivamente.
Titular de um dos pontos principais da arrecadação do PT com o empresariado para as campanhas de Lula e Dilma desde 2002, Palocci disse que foram acobertados da Justiça crimes nas finanças do partido.
As "prestações regulares registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são perfeitas do ponto de vista formal". "Mas acumulam ilicitudes em quase todos os recursos recebidos", contou. "A legislação não funciona e incentiva a corrupção", pontuou.
Segundo Palocci, "a maior parte das doações registradas no TSE é acometida de origem ilícita". "O TSE não tem como saber se a doação é ilícita, uma vez que não fiscaliza a origem do dinheiro."
A defesa do ex-presidente Lula reagiu à delação de Palocci. Segundo o criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, Palocci não apresentou nenhuma prova contra o ex-presidente, "para obter generosos benefícios".
 
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