Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

eleições 2018

- Publicada em 28 de Setembro de 2018 às 01:00

Mourão gera nova crise na campanha de Jair Bolsonaro

General da reserva tem sido pressionado para moderar declarações

General da reserva tem sido pressionado para moderar declarações


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A nova polêmica disparada pelo candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB), gerou uma nova crise na campanha do líder das pesquisas de intenção de voto à Presidência. O entorno do candidato quer silenciar o militar da reserva.
A nova polêmica disparada pelo candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB), gerou uma nova crise na campanha do líder das pesquisas de intenção de voto à Presidência. O entorno do candidato quer silenciar o militar da reserva.
Em palestra no Rio Grande do Sul, Mourão chamou o 13º salário de "jabuticaba brasileira". Ato contínuo, Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter uma reprimenda a quem critica o direito trabalhista, que seriam pessoas que desconhecem a Constituição. Em suma, desautorizando o vice.
Mourão só ficou sabendo da confusão na estrada, voltando a Porto Alegre. A um amigo, disse que não é contra o 13º, e que sua fala havia sido tirada de contexto. Afirmou que apenas pintava o quadro geral dos elementos de custo-Brasil com os quais o empresariado tem de lidar, sem dizer que é a favor de acabar com o benefício.
A reação da campanha de Bolsonaro foi rápida, em contraposição a crises recentes. Na semana passada, o próprio general havia falado que lares "com mãe e avó" eram "fábricas de desajustados". Foi enquadrado para moderar suas declarações, sem efeito.
O guru econômico da campanha, Paulo Guedes, sugeriu um imposto nos moldes da CMPF para unificar tributação e teve de dizer que não era bem assim, com o próprio Bolsonaro saindo então em sua defesa. Para o amigo que conversou com Mourão, houve precipitação por parte do comando da campanha, que não chegou a falar com o general antes de desautorizá-lo.
O grupo de generais da reserva que trabalha no programa de governo de Bolsonaro ficou contrariado com a velocidade da reação, mas quer evitar um choque direto e disse entender a necessidade de tentar conter a inevitável viralização da fala. Há a expectativa de que Bolsonaro e ele conversem sobre o caso.
Nas campanhas adversárias, a nova polêmica soou como música. Se a recriação da CPMF, aventada e depois negada, foi parar nas peças de propaganda do PSDB, estrategistas já estudavam como incluir a "extinção do 13º" no próximo programa nacional, no sábado.
Mourão, um militar que ainda na ativa se notabilizou por declarações polêmicas, está no centro das atenções desde que Bolsonaro foi esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro.
 

Bolsonaro tem alta de hospital adiada por leve infecção

A alta do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) do hospital Albert Einstein, em São Paulo, foi adiada após a equipe médica identificar uma leve infecção bacteriana após a retirada do cateter. O candidato sairia do hospital nesta sexta-feira e já tinha passagem comprada para o Rio de Janeiro, onde ficaria em repouso em sua residência. Bolsonaro está hospitalizado desde 6 de setembro, quando recebeu uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Não há ainda nova previsão de alta do candidato, que prolongará por mais alguns dias o tratamento com antibióticos.