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Câmara de Porto Alegre

- Publicada em 26 de Setembro de 2018 às 22:21

Planta do IPTU não será atualizada em 2019

Prefeitura pedirá urgência para votação do projeto após as eleições

Prefeitura pedirá urgência para votação do projeto após as eleições


MARCO QUINTANA/JC
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), protocolou na Câmara de Porto Alegre o pedido de retirada do regime de urgência no qual tramitava o projeto que propõe a revisão da planta de valores do Imposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), protocolou na Câmara de Porto Alegre o pedido de retirada do regime de urgência no qual tramitava o projeto que propõe a revisão da planta de valores do Imposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
Ontem à noite, no entanto, a prefeitura comunicou que um novo pedido de urgência relativo à proposta será apresentado pelo Executivo Municipal hoje, com o objetivo de deixar o projeto apto a ser votado após o segundo turno das eleições.
Independentemente da iniciativa, o valor venal dos 767 mil imóveis da Capital gaúcha não será atualizado em 2019. O princípio constitucional da noventena determina que uma lei que altera impostos deve ser publicada no Diário Oficial pelo menos 30 dias antes do início do ano seguinte. Mesmo que o projeto seja aprovado ainda no ano de 2018, a alteração de tributação aconteceria somente em 2020.
Ainda assim, mesmo tendo prazo até dezembro, a pauta do IPTU causa muita polêmica no plenário e a base do governo terá dificuldade para conseguir sua aprovação. A decisão da prefeitura de não votar agora o projeto aconteceu por "uma mobilização dos vereadores para derrotar o projeto", explicou o vereador Moisés Barboza (PSDB), líder da base do governo Marchezan no Legislativo. "Entre os que são ideologicamente contra e os que estão eleitoralmente contrários, a gente não ia ter prazo para discutir", acrescentou o tucano.
Sem o IPTU, ainda há duas pautas trancando as votações da Câmara. A que figura em primeiro na ordem é o projeto que extingue a licença-prêmio para os municipários. Logo após, os parlamentares votam a admissibilidade do processo de impeachment ao prefeito, protocolado no segundo dia de julho deste ano.
O novo IPTU é considerado um dos três principais projetos da prefeitura no ano pelo próprio Executivo. Os outros dois são a Previdência Complementar, que foi aprovada, e a proposta que fazia alterações na carreira dos servidores públicos municipais, que foi rejeitada. Questionado se o projeto retornaria para a Câmara no ano que vem em caso de não aprovação, Barboza respondeu que "nós vamos passar a gestão inteira tentando fazer o que é melhor para a cidade", mas admitiu que "nada é certo sobre isso".
Essa seria a terceira vez que uma proposta de revisão da planta de valores seria protocolada pela gestão Marchezan Júnior. A primeira proposta foi derrotada em setembro do ano passado.
O IPTU tem tramitado na Câmara desde maio desde ano, quando o prefeito veio apresentar aos vereadores um pacote de projetos com o objetivo de equilibrar as contas da Capital. Desde então, a pauta legislativa foi quase inteiramente dominada por propostas do Executivo. Se formou uma comissão especial para discutir a proposta com audiências públicas e regionais. O projeto chegou a ficar duas vezes em primeiro na ordem, sendo substituído por outro com votos da base.
Caso aprovado, o novo imposto garantiria R$ 68 milhões para a prefeitura já no primeiro ano em vigor. Ao final de completadas as atualizações, o incremento seria na ordem dos R$ 200 milhões, segundo estimativas da secretaria da Fazenda.

Legislativo antecipa devolução de R$ 15 milhões à prefeitura; recursos podem ir para salário

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre anunciou a antecipação da devolução de R$ 15 milhões à prefeitura. O recurso vem do saldo financeiro resultante dos duodécimos que são entregues mensalmente pelo Executivo ao Legislativo. "O objetivo é realocar recursos para ajudar o governo a viabilizar a Operação Tapa-buraco e o dar um folego para que o Executivo realize o pagamento da folha dos servidores", declarou, no dia de ontem, o presidente da Câmara de Porto Alegre, vereador Valter Nagelstein (MDB).
Segundo o vereador, a devolução total, ao final do ano, deve ser de mais de R$ 30 milhões. "Neste momento e daqui a três meses mais R$15 milhões. Isso é fruto da aplicação do teto salarial na Câmara e de uma série de medidas de austeridade, como a redução de 50% da nossa frota de veículos", colocou o emedebista.
O parlamentar ainda destacou "a economia dos gabinetes dos vereadores, que economizam 70% da Quota Básica Mensal". Segundo Nagelstein, "os vereadores não tem gastado nem 30% da sua verba". Disse também que a implementação de processos eletrônicos gerou uma economia de R$ 2 milhões entre papéis e impressão.
O orçamento da Câmara aprovado para 2018 é de R$ 169.693.999,99, o que acarreta em um duodécimo mensal de R$ 14.141.166,66. Conforme a Diretoria de Patrimônio e Finanças da Câmara, em 2016 foram devolvidos R$ 21.855.969,08 e, em 2017, R$ 24.693.553,34.