Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 25 de Setembro de 2018 às 18:19

Empresa gaúcha auditará votação paralela nas eleições de 2018

Diretor-presidente do Grupo Maciel garante urna é segura

Diretor-presidente do Grupo Maciel garante urna é segura


CLAITON DORNELLES /JC
Paulo Egídio
Uma empresa sediada do Rio Grande do Sul será responsável por fiscalizar a votação paralela realizada em todo o País pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2018. Especializado em auditoria, consultoria e perícia contábil, o Grupo Maciel foi escolhido através de licitação e atuará no controle do mecanismo utilizado pela Justiça Eleitoral para atestar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Uma empresa sediada do Rio Grande do Sul será responsável por fiscalizar a votação paralela realizada em todo o País pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2018. Especializado em auditoria, consultoria e perícia contábil, o Grupo Maciel foi escolhido através de licitação e atuará no controle do mecanismo utilizado pela Justiça Eleitoral para atestar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Apesar de ser utilizada em mais de trinta países e ter sido implementada no Brasil em 1996, a votação eletrônica ainda é alvo de questionamentos por parte de eleitores e candidatos. Na última semana, o presidenciável do PSL e líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro, voltou a questionar a segurança do processo eleitoral. Segundo ele, o voto eletrônico seria “o caminho para o PT voltar ao poder”. A declaração foi imediatamente respondida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que garantiu que as urnas eletrônicas brasileiras são “totalmente confiáveis”.
Em meio à discussão, a votação paralela é apresentada pelo TSE como um dos meios de garantia a confiabilidade no processo eleitoral. Ela acontece em todos os estados, ocorre no mesmo dia e horário da eleição oficial, é aberta ao público e pode ser acompanhada pelos partidos políticos.
No procedimento, cédulas de papel preenchidas por pessoas indicadas pelas legendas, membros de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Ministério Público (MP) e representantes da sociedade civil são depositadas em urnas de lona, que são abertas no dia da eleição, entre as 8h e as 17h, e tem os votos lançados em urnas eletrônicas escolhidas aleatoriamente, em uma espécie de eleição simulada. Depois, os auditores e os cidadãos que acompanharem o processo comparam os dados boletim de urna com as cédulas em papel.
Os equipamentos eletrônicos utilizados na votação paralela são sorteados dentre todas as seções eleitorais dos estados no dia anterior à eleição.
De acordo com Roger Maciel, diretor presidente da empresa que auditará o processo, através dele é possível garantir a segurança das urnas eletrônicas. “Nenhuma de todas as urnas que auditamos em nenhum dos estados teve problema”, assegura, lembrando que a empresa já foi responsável pelo trabalho nas eleições de 2012 e 2014.
Ao todo, 57 auditores fiscalização aproximadamente 200 urnas em todas as unidades da federação. “Fizemos a auditoria de uma parte do processo, que é a urna eletrônica. Com o teste, a gente consegue comprovar que é um equipamento confiável”, reforça Maciel
O executivo considera o sistema eleitoral brasileiro como “extremamente confiável e tecnológico”. “A urna é completamente segura em relação a invasões externas ou hackers”, afirma o diretor do Grupo Maciel.
No Rio Grande do Sul, quatro urnas serão sorteadas para a realização do procedimento – sendo pelo menos uma de Porto Alegre, uma da Região Metropolitana e uma do interior. Assim que forem sorteadas, no dia 6 de outubro, as respectivas zonas eleitorais são comunicadas para que façam a troca por urnas reservas e encaminhem os equipamentos sorteados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS).
Neste ano, as urnas serão levadas para o prédio 50 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), que sediará o escrutínio no Estado. Todo o processo será filmado e transmitido pelo canal do TRE-RS no Youtube, de acordo com a chefe da seção de regularização cadastro eleitoral, Ana Cristina Moretti, que faz parte na comissão de apoio da votação paralela.
Mais de quarenta profissionais atuarão no procedimento durante o dia da eleição. “O objetivo é comprovar que o voto que entrou na urna e o que vai ser contabilizado no final da eleição”, reforça Ana Cristina.
Nesta quarta-feira (26), o TRE-RS reunirá representantes de partidos políticos e entidades da sociedade civil para repassar informações a auditoria das urnas eletrônicas por meio da votação paralela.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO