Milhares de mulheres estão mobilizadas por meio do Facebook contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Reunidas em menos de duas semanas no grupo "Mulheres unidas contra Bolsonaro", cerca de 1,2 milhão de mulheres debatem questões como machismo e representatividade e organizam diversos protestos pelo Brasil contra o candidato.
Um dos grupos líderes na rejeição ao militar, as mulheres mobilizadas afirmam que Bolsonaro representa "machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos" e que o cenário político atual é útil para fortalecer o movimento feminino e refletir sobre a força das mulheres. "O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país!", diz a página.
Em Porto Alegre, um movimento organizado pelo perfil "Mulheres contra o Fascismo", em consonância com o grupo nacional, está marcado para o próximo dia 29 de setembro, um sábado, a partir das 15h na Redenção. Junto a outras mobilizações contrárias ao candidato do PSL que devem ocorrer nos próximos dias em todo o País, o protesto busca unir movimentos de mulheres contrários a Bolsonaro. Para o mesmo dia e local está marcado ainda o movimento LGBTs contra Bolsonaro, que reúne homossexuais e transexuais contrários ao candidato.
Bolsonaro já protagonizou diversos episódios de ataques a mulheres, entre eles o mais famoso em que disse à deputada federal Maria do Rosário, em 2014, que ela "não merecia ser estuprada" porque seria "feia". Em 2017, ao falar sobre seus filhos, afirmou: "Tenho cinco filhos. Quatro foram homens e na quinta dei uma fraquejada".