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Política

- Publicada em 12 de Setembro de 2018 às 01:00

Beto Richa é preso em ação do MP; tucano também foi alvo da Operação Lava-Jato

O ex-governador do Paraná Beto Richa, atual candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do estado na manhã de ontem. Richa é suspeito de fraude em licitação em obras de estradas rurais no estado.
O ex-governador do Paraná Beto Richa, atual candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do estado na manhã de ontem. Richa é suspeito de fraude em licitação em obras de estradas rurais no estado.
Também foram presos temporariamente a mulher dele, Fernanda Richa; o irmão de Richa e ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa; o ex-chefe de gabinete, Deonilson Roldo; e o ex-secretário Ezequias Moreira. Ao todo, 15 pessoas são alvo de mandados de prisão temporária, ordenados pela Justiça Estadual do Paraná.
O tucano é suspeito de ter participado de fraudes no programa Patrulhas do Campo, de recuperação e abertura de estradas rurais no interior do estado. "É aquele padrão: licitação dirigida, pagamento de propina e eventual lavagem de dinheiro", afirmou à Folha o procurador de Justiça Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, braço do Ministério Público do Paraná.
O Patrulhas do Campo cedia máquinas como escavadeiras, tratores e motoniveladoras a municípios do interior, para a abertura e manutenção de estradas rurais. Pelo menos 2.000 km de estradas foram recuperados ou abertos por meio do programa desde a primeira gestão de Richa, que governou o Paraná entre 2011 e 2018. Os crimes teriam sido cometidos entre 2012 e 2014, segundo o Gaeco.
A gestão de Richa também foi alvo de uma nova fase da Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), batizada de Operação Piloto - em referência ao suposto apelido do ex-governador na planilha de propinas da empreiteira Odebrecht.
O tucano e membros de sua família foram alvos de mandados de busca e apreensão da PF. Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária, expedidos contra Deonilson Roldo, o empresário Jorge Theodócio Atherino, apontado como operador financeiro do tucano, e Tiago Correia Adriano Rocha, considerado braço direito de Atherino.
A investigação mira pagamentos indevidos de pelo menos R$ 3,5 milhões, em espécie, relativos às obras da rodovia estadual PR-323, no Noroeste do Paraná, entre Francisco Alves e Maringá. Segundo a Procuradoria, o valor foi pago em 2014 pela Odebrecht em troca do direcionamento da licitação.
Um dos líderes do esquema de arrecadação seria Roldo, ex-chefe de gabinete de Richa - que também estaria coordenando de forma oculta a atual campanha do tucano ao Senado, segundo o Ministério Público Federal. Roldo é apontado como "o principal operador do esquema de arrecadação de recursos ilícitos de empresas fornecedoras do governo do estado", escreveu o juiz Sérgio Moro, em despacho.
O empresário Jorge Theodócio Atherino, por sua vez, que também foi alvo de mandado da PF, é indicado como operador financeiro do ex-governador.
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