A equipe médica que atende o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no Hospital Israelita Albert Einstein retirou na manhã desta terça-feira a sonda nasogástrica, que ajudava a reduzir o desconforto do paciente. Segundo o boletim médico, será reiniciada "alimentação oral e progredida de forma gradual, conforme aceitação", em conjunto com a manutenção da alimentação endovenosa. O candidato segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.
O filho do candidato Flávio Bolsonaro escreveu no Twitter que o pai havia sido transferido para a unidade semi-intensiva e feito sua primeira refeição desde o ataque, pão e suco. Por volta de 12h40, o hospital reafirmou que o paciente continuava na UTI.
Ainda de acordo com o comunicado, após a quarta noite no hospital, o presidenciável permanece estável, sem febre ou sinais de infecção. A rotina de Bolsonaro inclui sessões de fisioterapia respiratória e motora. O candidato deve passar por uma segunda cirurgia para reverter a colostomia.
A facada sofrida por Bolsonaro atingiu a artéria mesentérica, que leva sangue da cavidade abdominal para o intestino, provocando diversas lesões na região. O quadro de evolução intestinal é parcial. O candidato segue com uma bolsa de colostomia e levará mais algumas semanas para recuperação.
Os relatórios médicos de Bolsonaro só são publicados após aprovação da família. Desde sexta-feira, eles são assinados pela equipe médica responsável pelo candidato (o cirurgião Antônio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Santini Echenique) e Miguel Cendoroglo, diretor superintendente do hospital.
Bolsonaro foi atingido por uma facada na última quinta-feira, quando participava de uma caminhada no Centro de Juiz de Fora. Na ocasião, foi submetido a uma cirurgia de emergência para estancar uma hemorragia na Santa Casa de Juiz de Fora. No dia seguinte, o candidato foi transferido para o Einstein.