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Política

- Publicada em 06 de Setembro de 2018 às 01:00

MP de São Paulo aciona Alckmin por improbidade

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou à Justiça, nesta quarta-feira, uma ação de improbidade administrativa contra o candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Em delação premiada, executivos da Odebrecht informaram que fizeram pagamentos de R$ 7,8 milhões em dinheiro, entre abril e agosto de 2014, destinados ao caixa-2 da campanha para o governo do estado naquele ano.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou à Justiça, nesta quarta-feira, uma ação de improbidade administrativa contra o candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Em delação premiada, executivos da Odebrecht informaram que fizeram pagamentos de R$ 7,8 milhões em dinheiro, entre abril e agosto de 2014, destinados ao caixa-2 da campanha para o governo do estado naquele ano.
Alckmin nega o recebimento de caixa-2 em suas campanhas. Em sabatina da rádio CBN e do portal G1, nesta terça-feira, o candidato afirmou que suas contas sempre estiveram de acordo com a lei.
Na ação, o promotor Ricardo Manuel Castro pede que o candidato à presidência perca os direitos políticos e pague uma multa. Como a investigação é no campo civil, uma eventual condenação não pode levar à prisão.
Ele pediu, ainda, que a Justiça decrete indisponibilidade de bens até o valor de R$ 39,7 milhões de Alckmin e de Marcos Antônio Monteiro, que, na época, era presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e responsável pela administração financeira da campanha do tucano. Na planilha da Odebrecht, Marcos Monteiro foi apelidado de M&M.
Segundo o promotor, os executivos da Odebrecht relataram ter recebido de Monteiro pedido de contribuição de R$ 10 milhões para a campanha de Alckmin, e a empresa autorizou o repasse de
R$ 8,3 milhões. Os pagamentos foram feitos em dinheiro, em nove ocasiões, a um emissário de Monteiro, que se identificava por meio de senhas como "Marceneiro", "Cedro", "Pudim" e "Tesoura". As quantias entregues variaram de R$ 300 mil a R$ 1,5 milhão, e a empreiteira chegou a usar transportadoras de valores.
Castro afirma que duas entregas - feitas em 7 de agosto e 11 de setembro de 2014 - ocorreram em um hotel no bairro de Moema, em São Paulo, e que a relação de hóspedes serve como prova. A ação de improbidade administrativa apresentada é restrita à campanha de 2014.
Em Brasília, Alckmin disse, na manhã desta quarta-feira, que "não há nenhum fato novo" em relação à ação de improbidade administrativa contra ele, ajuizada pelo MP-SP. A defesa de Monteiro também negou as acusações.
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