Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 03 de Setembro de 2018 às 21:43

Candidatos revelam plano para primeiros 100 dias

Postulantes ao Piratini apresentaram propostas em evento da Voto

Postulantes ao Piratini apresentaram propostas em evento da Voto


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Marcus Meneghetti
Os candidatos ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), Mateus Bandeira (Novo) e o governador José Ivo Sartori (MDB), que concorre à reeleição, revelaram o que pretendem fazer nos primeiros 100 dias de governo, caso sejam eleitos em outubro. Entre os nove nomes que disputam o Palácio Piratini, só os quatro participaram do painel organizado pela revista Voto na manhã de ontem, no Hotel Sheraton. 
Os candidatos ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), Mateus Bandeira (Novo) e o governador José Ivo Sartori (MDB), que concorre à reeleição, revelaram o que pretendem fazer nos primeiros 100 dias de governo, caso sejam eleitos em outubro. Entre os nove nomes que disputam o Palácio Piratini, só os quatro participaram do painel organizado pela revista Voto na manhã de ontem, no Hotel Sheraton. 
O evento atrasou cerca de 20 minutos, porque o governador Sartori demorou para chegar. Enquanto isso, os convidados - na maioria, empresários - conversavam com familiaridade em rodas de conversa. Chamou a atenção a popularidade do vice-governador José Paulo Cairoli (PSD), que, durante a espera, transitou por vários grupos.
Ele, que foi presidente da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), passou pela mesa de Bandeira, a quem cumprimentou, conversou e contou piadas. Da mesma forma, participou do círculo onde estava Jairo Jorge e seu vice, o empresário do setor de máquinas agrícolas Claudio Bier (PV). Cairoli e Bier trocaram abraços e riram. O ex-prefeito de Canoas não ria.
O painel acabou começando antes que Sartori chegasse. Aí, os convidados sentaram-se às mesas para tomar o café da manhã, enquanto os candidatos discorriam sobre suas propostas.
Quando perguntados sobre o que os eleitores podiam esperar dos primeiros 100 dias de governo, Jairo Jorge afirmou que, em um eventual governo, pretende "reduzir o tamanho da máquina pública para 10 estruturas" em 1 de janeiro de 2019 ou antes.
Apesar de se apresentar como o candidato da "conciliação", usou parte do tempo para criticar indiretamente Sartori. "Minha primeira medida vai ser o diálogo. Não é uma guerra santa contra os funcionários, atacando-os, que vai criar sinergia (para superar a crise)", disse o ex-prefeito de Canoas - fazendo referência aos embates do Palácio Piratini com os servidores públicos, causado, sobretudo, pelo atraso no pagamento do salário do funcionalismo.
Ao concluir, insinuou que o governador não mandou as medidas mais impopulares da sua administração no primeiro ano do mandato, porque havia descumprido o seu próprio programa de governo, ao elevar as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2015.
"Todo governador que não descumpriu o seu programa de governo aprovou tudo o que quis. Mas, quando diz que não vai aumentar impostos e aumenta, aí não é apoiado no início da gestão", concluiu o ex-prefeito de Canoas.
Sartori disse que "o que é certo é que vou destituir todos os cargos de confiança antes do primeiro dia de governo, independentemente do resultado das eleições. Na nossa caminhada, vamos continuar fazendo o que viemos fazendo até aqui", falou.
Em outros momentos, o emedebista já havia detalhado "o que viemos fazendo até aqui". Entre as principais medidas, Sartori destacou o esforço do Piratini para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), cujo maior benefício seria a suspensão do pagamento da dívida com a União por três anos, o que evitaria um gasto de R$ 11,3 bilhões. A interrupção das parcelas mensais poderia ser prorrogada por mais 36 meses.
"Nosso plano é realmente a adesão ao RRF. Infelizmente, nem tudo é possível, porque existem posições contrárias. Além disso, vamos continuar a luta pela federalização ou privatização de empresas que o Estado não precisa mais controlar", mencionou - se referindo à Companhia Estadual de energia elétrica (CEEE), Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM).
Eduardo Leite avaliou que, embora os 100 dias sejam simbólicos, o "espaço político que vem das urnas" se estende por até seis meses. "Os seis primeiros meses são estratégicos para o governo enviar para a Assembleia os principais projetos de reestruturação da máquina pública. Vamos encaminhar as discussões sobre a carreira do funcionalismo, reestruturação do governo, privatizações", exemplificou.
O tucano também já tinha detalhado as medidas que pretende adotar, em outro momento do painel. Além de firmar parcerias público-privada e cortar despesas, sustentou a necessidade de reformar o sistema tributário gaúcho.
"Defendemos que as atuais alíquotas sejam prorrogadas por mais dois anos. Durante esse período, o governo fará a revisão do sistema, mais do que das alíquotas. Precisamostornar o sistema tributário mais inteligente, para estimular setores estratégicos", afirmou. 
Bandeira disse que, nos primeiros 100 dias do seu governo, enviaria ao Legislativo a reforma da governança e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar a exigência de plebiscito para privatizar a CEEE, Sulgás e CRM. "Vamos encaminhar uma reforma administrativa, reduzindo drasticamente o número de secretarias. Já no primeiro mês de governo, vamos encaminhar um projeto para retirar do texto constitucional esta jaboticaba, que é a necessidade de plebiscito para privatizar estatais", falou. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO