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Política

- Publicada em 29 de Agosto de 2018 às 16:04

Em Porto Alegre, Bolsonaro promete privatizar dois terços das estatais

Presidenciável do PSL palestrou a empresários e políticos no painel Brasil de Ideias

Presidenciável do PSL palestrou a empresários e políticos no painel Brasil de Ideias


LUIZA PRADO/JC
Paulo Egídio
O candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, prometeu privatizar ou extinguir a maior parte das cerca de 150 empresas estatais ligadas à União caso chegue ao Palácio do Planalto. "Pode ter certeza, dois terços das estatais, em quatro anos, podemos nos desfazer para dar uma aliviada no peso do Estado", afirmou Bolsonaro, em palestra a empresários, lideranças do setor produtivo e políticos no painel Brasil de Ideias, promovido pela revista Voto nesta quarta-feira (29) em Porto Alegre.
O candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, prometeu privatizar ou extinguir a maior parte das cerca de 150 empresas estatais ligadas à União caso chegue ao Palácio do Planalto. "Pode ter certeza, dois terços das estatais, em quatro anos, podemos nos desfazer para dar uma aliviada no peso do Estado", afirmou Bolsonaro, em palestra a empresários, lideranças do setor produtivo e políticos no painel Brasil de Ideias, promovido pela revista Voto nesta quarta-feira (29) em Porto Alegre.
O presidenciável se comprometeu a extinguir, de imediato, "as cinquenta que o (governo do) PT criou ao longo de 13 anos" – na verdade, foram 43. "A mais importante delas, a Empresa Brasileira de Comunicação, gasta R$ 1 bilhão por ano para acomodar jornalistas de esquerda", criticou o deputado.
Bolsonaro, no entanto, defendeu a manutenção das empresas consideradas estratégicas, como as geradoras de energia, e disse “não ver com bons olhos” a privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. "Não podemos jogar pra cima e, quem pegar, pegou”, advertiu, demonstrando preocupação com uma possível venda do patrimônio nacional para empresas chinesas. “A China está de olho nas terras agricultáveis no Brasil, e não podemos abrir mão de nossa segurança alimentar”, considerou.
Apresentado por seu coordenador de campanha, o deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), como “o líder de ideias liberais-conservadoras no Brasil”, o candidato do PSL foi efusivamente aplaudido ao ser chamado ao palco. O público voltou a reagir positivamente quando o deputado expôs suas opiniões sobre temas polêmicos – como quando prometeu “arrebentar os arquivos do Bndes” e fundir os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente.
Antes do evento, em entrevista coletiva, o capitão reformado do Exército garantiu que não vai mexer na regra que estipula um teto para os gastos da União (a chamada PEC do Teto) e afirmou que "a classe produtora quer que o Estado saia de seu cangote e não atrapalhe". Bolsonaro também minimizou a alta rejeição a seu nome indicada pelos recentes levantamentos eleitorais. "Não acredito em pesquisa. Minha pesquisa são minhas andanças em qualquer lugar do Brasil", sintetizou.
O candidato do PSL voltou a dizer que "botaram em sua conta" a defesa de que mulheres devem receber menos do que homens. O tema foi abordado durante sua entrevista ao Jornal Nacional desta terça-feira (28), que repercutiu nas redes sociais e voltou a ser comentada pelo presidenciável. "O (William) Bonner e a Renata (Vasconcellos, apresentadores do programa) tem uma diferença enorme de salário. Ela tinha que procurar o Ministério Público do Trabalho para denunciar essa questão", provocou.
Entre os empresários que acompanharam o evento, o dono das Lojas Multisom e presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, manifestou apoio à candidatura do parlamentar fluminense. "O homem nos convence a cada frase aquele ele diz. Não temos outra saída. Bolsonaro e nossa última esperança", afirmou Novelletto.
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