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eleições 2018

- Publicada em 29 de Agosto de 2018 às 00:38

Geraldo Alckmin defende porte de arma no campo

Tucano (ao centro) acenou a produtores com propostas para segurança

Tucano (ao centro) acenou a produtores com propostas para segurança


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Primeiro candidato à presidência da República a visitar a Expointer neste ano, Geraldo Alckmin (PSDB) falou ontem a agricultores. À imprensa, justificou a defesa que faz da "facilitação" do porte de arma no campo.
Primeiro candidato à presidência da República a visitar a Expointer neste ano, Geraldo Alckmin (PSDB) falou ontem a agricultores. À imprensa, justificou a defesa que faz da "facilitação" do porte de arma no campo.
"É diferente quem vive no campo e quem vive na cidade", comparou, citando que o policiamento ostensivo e o patrulhamento da polícia militar não são uma realidade na zona rural.
Questionado se isso não aumentaria conflitos agrários, respondeu que para isso precisa se trabalhar a segurança jurídica. "Questão fundiária se resolve fazendo regularização", disse.
O presidenciável estava acompanhado da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP), candidata a vice em sua chapa, do candidato ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB) e do candidato a vice-governador Delegado Ranolfo (PTB).
Na feira, o principal compromisso foi o almoço com associados da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Por mais de duas horas a portas fechadas, Alckmin respondeu sobre temas como competitividade, abertura econômica, logística e segurança jurídica no campo - medidas que constam em documento elaborado pela entidade cobrando comprometimento dos candidatos à presidência. "Vamos trabalhar para o crédito agrícola não ser essa agonia de todo ano, mas ter uma previsibilidade", declarou na saída do almoço, voltando-se aos agricultores.
O mesmo discurso direcionado ao público foi proferido na passagem pelo pavilhão da Ocergs/Sescoop-RS, ao falar da sua experiência familiar com cooperativas no interior de São Paulo, dizendo que "na minha casa respiramos cooperativismo". Alckmin defendeu que "fortalecer o cooperativismo e o associativismo é melhorar a sociedade", e que o crescimento das cooperativas de crédito, por exemplo, é bom para se ter alternativa de crédito no meio rural.
Ana Amélia também direcionou a fala ao público ao afirmar que "a porta estará sempre aberta, não precisa bater, o cooperativismo vai mandar nas políticas relacionadas à produção agropecuária e de serviço de crédito". Além disso, tanto a fala dela quanto a de Eduardo Leite foram ressaltando a atuação de Alckmin em setores de interesse do setor agropecuário, como governador do estado com maior PIB do País e as soluções logísticas praticadas em São Paulo. Ele também fez uma rápida caminhada pelo pavilhão da Agricultura Familiar e se deslocou entre os compromissos com carros de transporte da feira.
Com a pontuação baixa nas pesquisas de intenção de voto - na mais recente, do instituto Datafolha, Alckmin aparece em 4º lugar, com 6% das intenções de voto - o tucano enfrenta resistência de quadros do PP, partido da vice Ana Amélia. Até o fim do período de convenções, o PP gaúcho tinha aberto apoio a Jair Bolsonaro (PSL). O candidato ao Senado Luis Carlos Heinze (PP), que abriu mão da candidatura ao Piratini para manter no Rio Grande do Sul o apoio formado nacionalmente com o PSDB, não acompanhou o roteiro de Alckmin e Ana Amélia pela Expointer.
Alegando compromisso da candidatura - estava gravando programa partidário em São Borja - Heinze encontrou com o presidenciável pouco antes deste deixar a feira. Ele disse que segue a orientação do partido de apoio ao tucano, contudo, confirmou que acompanhará a agenda de Bolsonaro hoje na Expointer.

Alckmin tem encontro com empresários em Caxias do Sul

O candidato à presidência da República do PSDB, Geraldo Alckmin, e a vice, senadora Ana Amélia Lemos (PP), participaram de encontro com empresários da serra gaúcha, no auditório da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC Caxias), ontem. O tucano defendeu a necessidade do restabelecimento de um nível de confiança entre governo e a iniciativa privada, o que impulsionaria o investimento em infraestrutura.
 
Alckmin reafirmou a intenção de promover as reformas política, administrativa, tributária e previdenciária. "Vou tocar o dedo na ferida, enfrentar as corporações", disse Alckmin ao empresariado. O candidato disse que pretende diminuir o número de partidos políticos, implantar o voto distrital, o voto facultativo e a cláusula de desempenho. Ele foi aplaudido ao falar da reforma tributária, prometendo simplificar impostos, mantendo apenas IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins.
 
Com relação à reforma da Previdência Social, disse que todos os trabalhadores devem fazer parte de um mesmo sistema previdenciário, baseado no teto do INSS, que é de R$ 5,6 mil. Acima deste valor, eles terão que optar por uma previdência complementar. Com relação à reforma administrativa, disse que a ideia é extinguir ou privatizar grande parte das organizações públicas, já no primeiro ano de mandato.