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Política

- Publicada em 21 de Agosto de 2018 às 16:53

Candidaturas a deputado federal crescem 15% em 2018

Este será o primeiro pleito sob as regras quem restringe Fundo Partidário a nanicos

Este será o primeiro pleito sob as regras quem restringe Fundo Partidário a nanicos


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
As candidaturas a deputado federal puxaram para cima o número de postulantes a cargos eletivos neste ano. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de candidatos a uma cadeira na Câmara cresceu 15% em relação a 2014 - 8.207 candidaturas, contra 7.137 na eleição passada. Este será o primeiro pleito sob as regras da cláusula de barreira, que irá cessar os repasses do Fundo Partidário e a concessão de horário gratuito em rádio e TV para as legendas que não atingirem o desempenho mínimo estipulado na reforma eleitoral do ano passado.
As candidaturas a deputado federal puxaram para cima o número de postulantes a cargos eletivos neste ano. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de candidatos a uma cadeira na Câmara cresceu 15% em relação a 2014 - 8.207 candidaturas, contra 7.137 na eleição passada. Este será o primeiro pleito sob as regras da cláusula de barreira, que irá cessar os repasses do Fundo Partidário e a concessão de horário gratuito em rádio e TV para as legendas que não atingirem o desempenho mínimo estipulado na reforma eleitoral do ano passado.
Donos de bancadas pequenas, PSL e PSOL lançaram o maior número de candidaturas à Câmara, respectivamente 1.474 e 1.317. Outros partidos nanicos, como Patriota (1.106), PROS (1.058), Avante (990), PHS (950) e PRTB (940) também aparecem no topo do ranking, que ainda tem PT, MDB e PSB no top 10.
Para o cientista político Paulo Baía, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o aumento no número de candidatos a deputado federal está intimamente ligado à necessidade dos partidos pequenos e médios atingirem a cláusula de barreira. A partir de 2019, só terão acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV as siglas que elegerem um mínimo de nove deputados federais, em ao menos nove estados. Também cumprem a legislação as legendas que tiverem ao menos 1,5% dos votos válidos para a Câmara, atingindo ao menos 1% dos eleitores em nove estados.
"Os partidos pequenos lançam nominatas completas para somar votos e tentar eleger o maior número de deputados. O PSOL com certeza tem essa estratégia de fazer bancada. Mas todos os partidos médios também estão com essa estratégia", avalia.
Especialistas projetavam a possibilidade de uma redução no número de candidatos diante da proibição de doações de empresas nesta eleição. Para Baía, o aumento no número de postulantes a cargos eletivos irá baratear as campanhas, mas aumenta ainda mais o peso das máquinas governamentais, partidárias, religiosas ou mesmo criminosas na disputa. Também deve reduzir a renovação nos parlamentos, afirma Baía.
"As campanhas serão mais baratas, porque a principal fonte de recursos é o Fundo Eleitoral, que tem um valor pré-definido. As máquinas são fundamentais para sucesso no Legislativo. Há um clima de bastante desânimo com a classe política, o eleitor está irritado. Mas isso não é ruim para os políticos, porque leva ao não voto, aumentando brancos, nulos e abstenções. Isso reduz o quociente eleitoral e facilita as reeleições", resume.
Além da cláusula de barreira, o cientista político Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, cita a ploriferação de partidos políticos como um fator que ajuda a explicar o crescimento no número de candidatos. Este pleito conta com 35 siglas.
"De 2014 para cá surgiram novos partidos, tentando aproveitar esse desejo de renovação do eleitorado. O fato de legendas menores lançarem mais candidatos indica que estão aproveitando o desgaste dos partidos tradicionais para tentar fazer uma bancada maior. O ponto chave para a sobrevivência dos partidos é a Câmara dos Deputados."
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