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Política

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 01:00

Rosa Weber assume hoje a presidência do TSE

Rosa deve liderar um grupo de perfil 'punitivista', segundo integrantes da corte

Rosa deve liderar um grupo de perfil 'punitivista', segundo integrantes da corte


CARLOS MOURA/SCO/STF/JC
Seis anos depois de ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber assume a presidência da corte hoje com um encontro marcado com a crise. No dia seguinte, o PT deverá registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência. Militantes prometem cercar o TSE para dar massa e conteúdo político a um desafio à Justiça, particularmente ao tribunal comandado por Rosa.
Seis anos depois de ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber assume a presidência da corte hoje com um encontro marcado com a crise. No dia seguinte, o PT deverá registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência. Militantes prometem cercar o TSE para dar massa e conteúdo político a um desafio à Justiça, particularmente ao tribunal comandado por Rosa.
Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula encaixa-se sem sobras às previsões de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa. Mas o ex-presidente, aproveitando-se do cipoal de recursos disponíveis, quer prolongar sua trama judicial. Desta vez, a arena será o TSE.
Ao sentar-se na cadeira central do plenário do TSE, ladeada à direita e à esquerda por três ministros, Rosa Weber terá então um segundo momento decisivo diante do líder petista. Da primeira vez, Lula saiu derrotado.
Em abril, apesar de já ter votado contra a prisão após condenação em segunda instância, Rosa defende a colegialidade e é contra mudanças rápidas na jurisprudência.
Essas características a fizeram ganhar fama de "discreta", "dura" e "esfinge" em um dos episódios mais importantes para o Judiciário em 2018: o julgamento do habeas corpus do ex-presidente no Supremo.
O pedido foi negado por 6 votos a 5, com Rosa formando a corrente majoritária. Ela invocou o princípio da colegialidade e argumentou que, apesar de sua posição pessoal, o colegiado havia reafirmado a autorização para prisão após a condenação em segunda instância há pouco mais de um ano.
Nascida em Porto Alegre em 2 de outubro de 1948, Rosa fez carreira na área trabalhista, em que até hoje mantém amigos próximos. Ingressou na magistratura em 1976 e alcançou a presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4).
Ministros e assessores acreditam que ela fará menos reuniões e eventos que seus antecessores. Os últimos presidentes do TSE - Luiz Fux, Gilmar Mendes e Dias Toffoli - são mais expansivos do que Rosa. Participam de solenidades, concedem entrevistas e valorizam relacionamentos políticos.
Rosa deve liderar um grupo de perfil "punitivista", segundo integrantes do TSE. Barroso será seu vice-presidente, e o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, assume no final do mês. O ministro do STJ Og Fernandes entra no final do mês no lugar de Napoleão Nunes Maia, mais garantista.
Ela já ocupava uma cadeira da corte quando, em 2017, o TSE julgou as contas da chapa Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (MDB) da eleição de 2014. Votou pela cassação da chapa, mas ficou vencida.
Folhapress
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