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Política

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 01:00

Cláudio Weber Abramo falece aos 72 anos em São Paulo

Um dos maiores especialistas em combate à corrupção do País, o jornalista paulistano Cláudio Weber Abramo morreu na noite deste domingo, aos 72 anos, em São Paulo. Abramo foi editor de economia da Folha de S. Paulo (1987) e secretário executivo de Redação da Gazeta Mercantil (1987-88). Contribuiu com outras publicações como o jornal Valor Econômico.
Um dos maiores especialistas em combate à corrupção do País, o jornalista paulistano Cláudio Weber Abramo morreu na noite deste domingo, aos 72 anos, em São Paulo. Abramo foi editor de economia da Folha de S. Paulo (1987) e secretário executivo de Redação da Gazeta Mercantil (1987-88). Contribuiu com outras publicações como o jornal Valor Econômico.
Em 2017, cofundou a Dados.Org, organização dedicada à coleta, organização e disseminação de informações provenientes do poder público.
Abramo era filho de Cláudio Abramo, um dos mais importantes jornalistas de sua geração, que dirigiu a Folha e o Estado de S.Paulo. Sua mãe, Hilde Weber, foi a primeira chargista mulher da imprensa brasileira, cuja obra o filho vinha organizando em um acervo com acesso do público.
Abramo deixa quatro filhos, Luis Raul e João Baptista, do casamento com Sílvia Pompeia, Lucas e Caio, do casamento com Maria Augusta Fonseca, e a enteada Isabel, do casamento com Cristina Penz.
Tinha seis netos, Tomás Antônio, João Pedro, Guilherme, Manuela, Maria Luísa e Mariana.
Abramo foi cremado ontem no crematório da Vila Alpina, às 14h30. Internado no Hospital Samaritano, ele não resistiu a complicações do tratamento de um câncer no intestino.
Formado em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Abramo cofundou, em 2000, e comandou por quase 15 anos a Transparência Brasil.
Entre os projetos da Transparência, o Excelências, banco de dados sobre o histórico da vida pública de parlamentares, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 2006.
Abramo foi pioneiro no jornalismo de dados com o projeto Às Claras, plataforma que organizava e disponibilizava gastos das eleições. Sua atuação foi fundamental para a aprovação da Lei de Acesso à Informação, com a pressão feita pela Transparência Brasil e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) para que o projeto fosse sancionado.
Com espírito crítico e questionador, instigava jornalistas a perseguirem a informação sem se conformarem com as burocracias impostas pelo poder público.
Mesmo tratando o câncer, Abramo se manteve em atividade. Em artigo publicado pela Folha no dia 20 de julho, escreveu sobre os riscos de a Lei de Proteção de Dados Pessoais dificultar o acesso à informação e ampliar arbitrariedades.
 
Folhapress
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