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Política

- Publicada em 10 de Agosto de 2018 às 00:57

Oito presidenciáveis abrem debates na TV

Dias (Podemos), Daciolo (Patriota), Alckmin (PSDB), Marina (Rede), Bolsonaro (PSL), Boulos (PSOL), Meirelles (MDB) e Ciro (PDT) participaram

Dias (Podemos), Daciolo (Patriota), Alckmin (PSDB), Marina (Rede), Bolsonaro (PSL), Boulos (PSOL), Meirelles (MDB) e Ciro (PDT) participaram


Kelly Fuzaro/Band/Divulgação/JC
O primeiro debate entre candidatos à presidência da República ocorreu nesta quinta-feira à noite na TV Bandeirantes. Participaram oito postulantes ao Planalto: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
O primeiro debate entre candidatos à presidência da República ocorreu nesta quinta-feira à noite na TV Bandeirantes. Participaram oito postulantes ao Planalto: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
Os demais não foram convidados porque seus partidos não têm representante na Câmara dos Deputados - no caso do PT, a Justiça não liberou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A discussão começou quente, já na primeira pergunta de Boulos para Bolsonaro. O candidato do PSOL questionou o uso de auxílio moradia pelo deputado do PSL, a participação de seus filhos na política, além de citar "Val", que seria funcionária fantasma do parlamentar. Boulos sustentou que Bolsonaro se apresenta como novo mas é a velha política.
O candidato do PSL disse que não é ilegal utilizar auxílio-moradia, negou que Val seja funcionária fantasma, informando que ela atua em Angra dos Reis, observou que seus filhos foram eleitos pelo povo e ainda rebateu Boulos, dizendo que vergonha é invadir propriedade privada.
Ciro e Alckmin protagonizaram a discussão seguinte sobre reforma trabalhista. O candidato do PDT criticou a mudança aprovada no Congresso, dizendo que o problema do trabalho informal se agravou. Alckmin sustentou que houve avanços para a criação de empregos e em relação a sindicatos, mais de 17 mil no País, que, com a nova lei, deixaram de receber imposto sindical.
Ciro criticou o subemprego e ainda observou que a reforma piora a renda do trabalhador, comparando com a Alemanha, que paga o maior valor pela hora trabalhada e é muito mais competitiva. Alckmin insistiu que a reforma trouxe mudanças positivas e ainda afirmou que iria corrigir o FGTS pela TJLP.
O candidato tucano também foi escolhido para ser questionado pelo Cabo Daciolo, que protestou contra os banqueiros, criticando os juros praticados no País e pediu a volta do voto impresso. Alckmin respondeu salientando a importância de ofertar mais crédito e reduzir o spread bancário, considerado por ele absurdamente elevado.
Álvaro Dias questionou Bolsonaro sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres e ouviu, como resposta, que o Estado não deve interferir nesse assunto. Depois, Bolsonaro perguntou a Dias sobre o Bndes e ambos criticaram financiamentos para outros países e desvios de recursos.
Em mais uma rodada, Alckmin debateu com Marina Silva sobre o sistema de saúde. Ambos defenderam investimentos em saneamento básico e atenção primária na saúde. A candidata da Rede aproveitou para alfinetar Alckmin, dizendo que eleição após eleição o tema volta e que o ex-governador não resolveu o problema em São Paulo. Os dois também travaram um debate sobre alianças eleitorais. Marina atacou a tese da governalibidade e aliança com o centrão, com quadros interessados em cargos e desvio de verbas. Alckmin destacou que Ana Amélia (PP), sua vice, é uma parlamentar reconhecida e que a coalizão é necessária para aprovar mudanças no Congresso. Também questionou a coerência de Marina, que saiu do PV e agora fez aliança com o ex-partido.
Henrique Meirelles perguntou a Álvaro Dias sobre economia, lembrando sua trajetória no governo Lula (PT) e questionando o que houve de errado no País depois disso. Dias aproveitou para criticar o ex-ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB), citando a alta da dívida pública e os altos juros pagos quando Meirelles era presidente do Banco Central.
O senador paranaense tentou ainda, reiteradas vezes, vincular sua imagem a da Operação Lava-Jato, promentendo que iria convidar o juiz Sérgio Moro para ser seu ministro da Justiça.
Em outro momento do debate, os candidatos Boulos e Marina expuseram as posições que ambos têm a respeito do aborto. Marina Silva defendeu mais uma vez a realização de um plebiscito sobre o tema. Já Boulos disse que, caso eleito, a questão não será tratada no âmbito do Código Penal. "Vai ser um tema do SUS. É muito cômodo negar o direito ao aborto às mulheres, e homens não assumirem filhos", criticou.
Já o candidato do Patriota, Cabo Daciolo, alternou um discurso às vezes agressivo, às vezes religioso, mas na maior parte do tempo confuso. Chegou a afirmar que a causa do feminicídio e dos demais problemas da segurança pública é a "falta de amor". "Este é o grande problema que a nação está enfrentado hoje", disse. Em outro momento acusou Ciro Gomes de ser um dos fundador do Foro de São Paulo e afirmar que "quero deixar claro que em nosso governo o comunismo não vai ter vez". 
Além de alguns confrontos fortes, o debate da Band teve momentos de descontração. Ciro usou a ironia para se defender da acusação de comunista: "a democracia é uma delícia e eu dei a vida inteira [por ela] e vou continuar dando, mas ela tem certos custos". Já Guilherme Boulos arrancou risos da plateia ao afirmar que Henrique Meirelles não era o único candidato de situação participando da eleição: "aqui tem 50 tons de Temer", afirmou.
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