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Política

- Publicada em 07 de Agosto de 2018 às 23:20

Servidores protestam dentro do Paço Municipal

Simpa buscava debater reivindicações; prefeitura fala em 'truculência'

Simpa buscava debater reivindicações; prefeitura fala em 'truculência'


MARCO QUINTANA/JC
Quase 10 horas depois de ocuparem o Paço Municipal, um grupo de servidores da Capital saiu do local pouco depois das 21h de ontem. Integrantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) tentavam reverter a ordem judicial de reintegração de posse do prédio da prefeitura, mas a possibilidade de uso de força pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM) foi o principal motivo para a desocupação, que ocorreu sem incidentes.
Quase 10 horas depois de ocuparem o Paço Municipal, um grupo de servidores da Capital saiu do local pouco depois das 21h de ontem. Integrantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) tentavam reverter a ordem judicial de reintegração de posse do prédio da prefeitura, mas a possibilidade de uso de força pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar (BM) foi o principal motivo para a desocupação, que ocorreu sem incidentes.
Houve quatro reuniões de negociações entre os servidores, vereadores e a BM, a última delas com a presença do oficial de justiça destacado para entregar a ordem.
Antes da saída, o diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, participou de uma vistoria, acompanhado da Guarda Municipal, para comprovar que não houve dano ao patrimônio público durante a presença dos manifestantes.
Terres informou que, além de acompanhar a sessão da Câmara de Porto Alegre durante à tarde de hoje, a partir das 18h uma assembleia da categoria na Casa do Gaúcho (no Parque da Harmonia) irá definir os rumos do movimento grevista.
Os municipários estão em greve há oito dias e justificaram a ação como uma medida para reivindicar que o governo abra a mesa de negociação com a categoria. A prefeitura tratou a postura dos manifestantes como um "ato de truculência".
No final da manhã de ontem, o grupo forçou a entrada e se concentrou no salão nobre, entre os gabinetes do prefeito e do vice, na escadaria central do Paço e no saguão de entrada. O prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) não estava no prédio no momento. Já o vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), estava em seu gabinete e foi escoltado para deixar o local.
A BM participou das negociações com os servidores, atendendo a pedido do prefeito, que alegou "caráter de urgência" para "detenção e identificação dos infratores invasores do Paço Municipal". Inicialmente, o presidente do Simpa havia informado que a saída só aconteceria caso houvesse uma confirmação por escrito de que seriam recebidos pelo prefeito.
Contudo, a decisão judicial mudou o rumo da mobilização dos servidores - caso não fosse cumprida, o sindicato seria multado em R$ 200 mil. "Nossa pauta de reivindicações é dialogar com o prefeito sobre o parcelamento salarial, o pacote de projetos na Câmara e a precarização da saúde", disse Terres. Segundo ele, também se busca "a contratação de mais servidores para atender a população".
Terres criticou o Executivo, por não participar da mediação com o grupo. "Temos que questionar o prefeito Marchezan porque ele envia a Brigada Militar para negociar com os trabalhadores. Isso é grave", avaliou.
A prefeitura, em nota, afirmou que "sempre esteve aberta ao diálogo" e criticou "a invasão truculenta do Paço Municipal", na qual "um guarda municipal foi agredido". Disse que, ações como esta tiram a legitimidade do Simpa.
Antes de ingressarem no prédio, os municipários protestavam em frente ao Paço, contrários a projetos que mexem na carreira. Nesta segunda-feira, a Câmara dos Vereadores aprovou o projeto que cria a previdência complementar para os servidores municipais.
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