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Eleições 2018

- Publicada em 24 de Julho de 2018 às 22:40

Iniciativa checará dados divulgados por candidatos

Filtro Fact-Checking lança financiamento coletivo para realizar projeto

Filtro Fact-Checking lança financiamento coletivo para realizar projeto


LUIZA PRADO/JC
A eleição de 2018 se habilita a ser diferente de todas as anteriores. Um motivo é a arena das redes sociais que ganha cada vez mais voz e audiência. Mede-se hoje a popularidade dos candidatos pelos seguidores ou atividades que os concorrentes geram em seus perfis. E outra dimensão é a da checagem de dados. Quantas pessoas se preocupam em verificar se o que o candidato diz tem fundamento ou se não é manipulado, conforme a conveniência do momento ou da sedução para os eleitores? 
A eleição de 2018 se habilita a ser diferente de todas as anteriores. Um motivo é a arena das redes sociais que ganha cada vez mais voz e audiência. Mede-se hoje a popularidade dos candidatos pelos seguidores ou atividades que os concorrentes geram em seus perfis. E outra dimensão é a da checagem de dados. Quantas pessoas se preocupam em verificar se o que o candidato diz tem fundamento ou se não é manipulado, conforme a conveniência do momento ou da sedução para os eleitores? 
Para dar conta dessas respostas, a Filtro Fact-Checking, que reúne jornalistas e pesquisadores especializados em checagem de dados e integrantes da Pensamento.org, decidiu focar a apuração na campanha eleitoral ao governo gaúcho. O trabalho vai envolver verificação de fatos, informações e declarações públicas, com foco no Rio Grande do Sul. Na mira da Filtro, estará o bombardeio de informação via Facebook, Twitter, grupos de WhatsApp e perfis de pessoas comuns.
Em busca de financiamento para custear a tarefa, a Filtro também lançou uma "vaquinha virtual", pela plataforma da Catarse. Para a campanha que se encerra em 31 de agosto, o grupo busca arrecadar R$ 13.793,00. Até ontem, a captação estava em apenas R$ 3.830,00, graças à colaboração de 63 voluntários que resolveram apostar no desafio de ampliar as informações e ajudar eleitores e quem estiver interessado no pleito. Uma das coordenadoras da Filtro, a jornalista Taís Seibt, lembra que foram obtidos menos de 30% da necessidade de recursos para viabilizar a ideia. Quem quiser conferir é só entrar no Catarse, pelo www.catarse.me/filtro2018. O projeto deve ocorrer mesmo que não alcance a meta, pois a intenção é intensificar o uso da metodologia de fact-checking e disseminar o rigor nas informações que circulam em uma campanha. 
Taís, que se dedica à pesquisa acadêmica sobre checagem de dados em Comunicação Social, explica que o trabalho focará os candidatos ao cargo majoritário. "Vamos estar atentos ao que eles disserem em entrevistas, debates, eventos e discursos. A captação das mensagens seguirá critérios internacionais que são checáveis", garante.
Entre os elementos objetivos a serem considerados e confrontados, estão estatísticas, dados históricos sobre aspectos jurídicos e documentais etc. "Um candidato pode citar que o último ano de seu governo teve crescimento em educação, mas na média de quatro anos o número não é o mesmo. Ele não está mentindo, mas ao interpretar o dado passa uma ideia que não é bem o que falou", exemplifica a jornalista. O fact-checking segue metodologia internacional, com princípios sobre como fazer a apuração e a identificação.

Vaquinha virtual e processo de checagem

Iniciativa busca financiamento coletivo:
  • Plataforma Catarse: https://www.catarse.me/filtro2018  
  • Meta de captação: R$ 13.793,00 até as 23h59m59s de 31 de agosto. Até agora os apoios somam R$ 3.830,00 com 63 colaboradores (27% do total buscado)
  • Recompensa: vão de reconhecimento a publicações especializadas e participações em cursos e maratona sobre checagem de dados promovidas pela Filtro e parceiros.
  • Como será feito o trabalho: serão checadas informações dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul durante o calendário oficial da campanha eleitoral.
Etiquetas com a classificação das informações checadas
  1. Verdadeiro: se a declaração tem sustentação em fontes confiáveis.
  2. Sem contexto: a declaração está correta, mas não explica o contexto.
  3. Contraditório: a afirmação contradiz declarações anteriores do mesmo autor.
  4. Discutível: a conclusão varia de acordo com a metodologia adotada.
  5. Exagerado: a afirmação não usa dados corretos mas aponta uma tendência correta ou um conceito verdadeiro.
  6. Distorcido: os dados foram usados na afirmação para produzir uma falsa interpretação da realidade.
  7. Impossível provar: não existem dados confiáveis - oficiais ou de outras fontes - que sustentem a afirmação.
  8. Falso: a análise dos dados e de outras fontes mostra que a afirmação é falsa.