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Política

- Publicada em 19 de Julho de 2018 às 22:51

Eduardo Leite quer órgão para buscar PPPs ao Estado

O pré-candidato do PSDB participou de um debate da Câmara do Comércio Brasil-Alemanha

O pré-candidato do PSDB participou de um debate da Câmara do Comércio Brasil-Alemanha


CLAITON DORNELLES /JC
Marcus Meneghetti
Diante da crise financeira pela qual passa o Rio Grande do Sul, com praticamente nenhum recurso para investimentos, o pré-candidato ao Palácio Piratini e ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), acredita que o governo estadual deve ter um escritório especializado em buscar Parcerias Público-Privadas (PPPs) tanto para o Estado quanto para os municípios, desde o primeiro dia de gestão.
Diante da crise financeira pela qual passa o Rio Grande do Sul, com praticamente nenhum recurso para investimentos, o pré-candidato ao Palácio Piratini e ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), acredita que o governo estadual deve ter um escritório especializado em buscar Parcerias Público-Privadas (PPPs) tanto para o Estado quanto para os municípios, desde o primeiro dia de gestão.
Essa foi uma das propostas que o tucano apresentou em um almoço organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, no Palácio do Comércio, onde debateu com empresários o potencial das PPPs. Durante sua fala no evento, ele também fez críticas ao governo José Ivo Sartori (MDB) - do qual o PSDB participou até janeiro deste ano, comandando a Secretaria Estadual de Minas e Energia.
"Estou convencido de que as PPPs são estratégicas para o Estado, porque o Rio Grande do Sul precisa de investimentos pesados em infraestrutura. Inclusive, acredito que o Estado deve ter um escritório técnico de apoio aos municípios para a realização de PPPs. As pequenas e mesmo as médias cidades não têm estrutura técnica capacitada para levar adiante processos complexos de parcerias público-privadas", avaliou Leite. O escritório trabalharia para agilizar os trâmites das parcerias desde o primeiro dia de governo - para transpor, o mais rápido possível, as dificuldades que o próprio tucano enfrentou durante sua gestão à frente da prefeitura de Pelotas. 
"(Os trâmites para as PPPs) Têm que começar desde o primeiro dia de governo. Em Pelotas, não tivemos condições de encaminhar desde o começo. Só nos convencemos dessa solução do meio para o fim do mandato. Aí, encaminhamos o diagnóstico, os primeiros estudos, organizamos a legislação para uma PPP no esgotamento sanitário da cidade. A prefeita Paula (Mascarenhas, PSDB, sucessora de Leite) está dando sequência a isso", relatou o tucano.
Além da área de saneamento básico, o ex-prefeito de Pelotas acredita que as rodovias também devem receber investimentos através de PPPs. 
"Precisamos melhorar a malha rodoviária com duplicações, interligações de regiões e até mesmo com a construção de acesso asfáltico. Todo esse investimento, elencado no Plano Estadual de Logística e Transporte, custa cerca de R$ 25 bilhões. Claro que o Estado não tem condições de fazer esse investimento, as PPPs e as próprias concessões são fundamentais para viabilizar esse aporte financeiro", projetou.
Seguindo o raciocínio de Leite, graças aos investimentos que tornariam o Estado mais atrativo para empreendimentos, as PPPs podem dar uma "perspectiva de futuro" ao Rio Grande do Sul. Aliás, o tucano acredita que é justamente nisso que Sartori falhou. "Uma das falhas desse governo (Sartori) foi ficar só na pauta fiscal, sem um projeto de desenvolvimento que dê uma perspectiva de futuro para as pessoas", apontou.
Ao abordar a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) - que era o principal objetivo do governo emedebista -, o tucano disse que, se não houver investimentos no projeto de desenvolvimento, "o RRF só vai empurrar o colapso das contas públicas para daqui seis anos (prazo máximo de suspensão do pagamento da dívida com a União)". Como Sartori não vai conseguir assinar o acordo neste ano, vai ser o próximo governador quem vai concluir as negociações.
Nos últimos meses, Sartori e Leite têm disputado aliados. No momento, o centro da disputa é o apoio do PR e do PRB. Ontem, o presidente estadual do PRB, deputado federal Carlos Gomes, teve uma reunião com o chefe do Executivo no Palácio Piratini - o que indicaria uma tendência a apoiar o emedebista.
"Nossa coligação com PTB, PPS e PHS já dá total viabilidade à nossa candidatura. Estamos conversando muito próximos com PR e PRB. Fiz a minha parte, que era mostrar o nosso projeto, o que a gente pensa para o futuro do Rio Grande do Sul, e confio que a gente pode ser a escolha deles", disse o ex-prefeito de Pelotas.
Desde o ano passado, Sartori teve baixas de siglas da base aliada. Uma delas migrou para o lado do tucano - caso do PPS. Até agora, apenas o PSB declarou apoio à reeleição do governador. Leite já conta com quatro legendas: PSDB, PPS, PTB e PHS. 
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