Apresentado em sua pré-campanha à presidência da República pelo MDB como o candidato capaz de recuperar a economia, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse ontem que a desaceleração da retomada econômica em 2018 é fruto de temores do mercado com relação a seus concorrentes.
Em almoço para empresários no Rio de Janeiro, Meirelles disse estar confiante que sua candidatura será confirmada na convenção do partido, no dia 4 de agosto.
Em seu discurso, Meirelles tem repetido que contribuiu para tirar a economia do buraco em duas ocasiões: quando foi presidente do Banco Central com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2002 e 2011, e no Ministério da Fazenda de Michel Temer (MDB).
Dados mais recentes, porém, mostram que a recuperação é bem mais lenta do que o esperado inicialmente. Depois de recuar em 2017, o desemprego voltou a subir no início de 2018 e fechou maio em 12,7%. Na segunda-feira, o indicador de atividade do Banco Central mostrou recuo de 3,34% em maio, provocado pela greve dos caminhoneiros.
"Por que a economia não cresce muito? Porque existe incerteza com relação às propostas de alguns candidatos com relação à economia", disse ele, sem citar nomes nem quais propostas assustam o mercado. Ele ainda apresentou um vídeo de campanha em que tenta reforçar a imagem de responsável pela recuperação econômica nos governos Lula e Temer.