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Governo Federal

- Publicada em 17 de Julho de 2018 às 01:00

Helton Yomura era 'fantoche' de petebistas, diz PF

Relatório da Polícia Federal (PF) na Operação Registro Espúrio afirma que o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura "não passa de um fantoche dos caciques do PTB". O documento ainda aponta uma "efetiva participação" da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) no núcleo político de uma organização criminosa investigada pela concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho e atribui a ela o papel de "líder".
Relatório da Polícia Federal (PF) na Operação Registro Espúrio afirma que o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura "não passa de um fantoche dos caciques do PTB". O documento ainda aponta uma "efetiva participação" da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) no núcleo político de uma organização criminosa investigada pela concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho e atribui a ela o papel de "líder".
A deputada chegou a ser cotada para o cargo de ministra do Trabalho no início do ano. Decisões da Justiça Federal e uma liminar da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, no entanto, suspenderam a posse. O governo acabou desistindo da parlamentar para o cargo.
A Polícia Federal (PF) afirma, no documento, que Cristiane Brasil, "mesmo não ocupando formalmente qualquer cargo na estrutura do Ministério do Trabalho, foi alçada, na prática, a um posto de comando da pasta, fortalecendo a estrutura de atuação do 'subnúcleo PTB'". "Em que pese ter sido impedida por decisão judicial de tomar posse como ministra do Trabalho no início do corrente ano, Cristiane Brasil passou a exercer grande influência no órgão", narra a PF.
"Para permitir a ingerência de Cristiane Brasil, a organização criminosa colocou no cargo máximo do Ministério do Trabalho alguém devidamente compromissado com os interesses do grupo, papel que coube a Helton Yomura, que, ao que tudo indica, não passa de um fantoche dos caciques do PTB", segue o documento.
A Registro Espúrio deflagrou três etapas de sua operação: em 30 de maio, 12 de junho e 5 de julho. Na última fase, o Supremo Tribunal Federal afastou Helton Yomura do Ministério do Trabalho. No mesmo dia, o ministro pediu demissão do cargo.
O gabinete, o apartamento funcional e outros endereços da filha de Roberto Jefferson - presidente nacional do PTB - foram alvo de busca e apreensão da segunda fase da operação. "As análises iniciais dos dados colhidos viabilizaram a coleta de elementos que indicam a efetiva participação da deputada Cristiane Brasil Francisco no núcleo político da organização criminosa, tendo essa Suprema Corte autorizado a realização de buscas em três endereços vinculados a ela", afirma a PF.
De acordo com o relatório, Cristiane Brasil era ligada ao superintendente Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, Adriano José Lima Bernardo. A PF pegou, no celular do ex-secretário de Relações do Trabalho Renato Araújo, mensagem que citavam a deputada, trocadas entre ele e o superintendente.

Sede do Ministério do Trabalho é invadida e tem salas reviradas

Duas salas do Ministério do Trabalho, em Brasília, foram invadidas e reviradas entre a sexta-feira e a manhã desta segunda-feira. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), que realizou perícia no local.
A ação foi descoberta por funcionários que chegavam ao prédio para trabalhar, na manhã de ontem. O mais provável é que tenha ocorrido na madrugada desta segunda-feira, já que não foi notada por equipes de segurança durante o fim de semana.
As duas salas atacadas ficam na sobreloja do edifício e guardam documentos referentes à carteira de trabalho e ao Seguro Desemprego. Armários foram arrombados e papéis, jogados no chão.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, ainda não há informações sobre se algo foi levado.
A PF abriu inquérito e vai apurar se o caso tem alguma relação com operações que investigam corrupção na pasta, como a Registro Espúrio, que mira fraudes na concessão de registros sindicais.
O local tem câmeras de segurança, cujas imagens foram entregues aos agentes federais.
Uma das hipóteses é de eventual invasão por moradores de rua ou usuários de drogas. Segundo funcionários da pasta, esse tipo de ocorrência não é raro em prédios da Esplanada dos Ministérios.