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Política

- Publicada em 18 de Julho de 2018 às 01:00

Senadoras têm dificuldade para disputar reeleição

Lídice e Gleisi desistiram de candidaturas; Vanessa e Lúcia disputam espaço em chapas majoritárias

Lídice e Gleisi desistiram de candidaturas; Vanessa e Lúcia disputam espaço em chapas majoritárias


ROQUE SA/AGÊNCIA SENADO/JC
Primeira senadora da história da Bahia, Lídice da Mata (PSB) vai se despedir do Senado em fevereiro de 2019 após um único mandato sem ao menos tentar a sorte nas urnas. Assim como ela, outras quatro senadoras em fim de mandato podem ficar de fora da disputa pelo Senado nas eleições deste ano. 
Primeira senadora da história da Bahia, Lídice da Mata (PSB) vai se despedir do Senado em fevereiro de 2019 após um único mandato sem ao menos tentar a sorte nas urnas. Assim como ela, outras quatro senadoras em fim de mandato podem ficar de fora da disputa pelo Senado nas eleições deste ano. 
Os motivos variam da pouca viabilidade eleitoral à falta de espaço na chapa majoritária dos grupos políticos que as elegeram. Ao todo, 13 dos 81 senadores da atual legislatura são mulheres, sendo que oito encerrarão o mandato no início do próximo ano. Destas, só três têm palanque garantido para reeleição: Ana Amélia (PP-RS), Ângela Portela (PDT-RR) e Marta Suplicy (MDB-SP). Duas senadoras já desistiram da reeleição e outras três ainda brigam por espaço para entrar na disputa. Entre as desistências confirmadas estão as de Lídice e Gleisi Hoffmann (PT), do Paraná. 
Lídice não disputará a reeleição após ter sido preterida pelo governador Rui Costa (PT), que atuou de forma mais pragmática na escolha dos companheiros de chapa, prestigiando partidos com maior número de prefeitos e peso político na Bahia. "É lamentável que nem mesmo os segmentos progressistas tenham entendido o valor que é a presença das mulheres no Parlamento. Pessoalmente, acho que a minha retirada da chapa é injustificável", diz a senadora.
Rui Costa vai para a reeleição tendo o ex-governador Jaques Wagner (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo Coronel (PSD), como candidatos ao Senado. Já Lídice será candidata a deputada federal. Gleisi também deixará o Senado para ser candidata a deputada federal. Neste caso, pesaram a avaliação de que haveria dificuldades para a reeleição e a estratégia do partido de eleger deputados para manter o tamanho da bancada a partir de 2019.
Já Lúcia Vânia (PSB-GO), Regina Souza (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ainda brigam por espaço em chapas majoritárias. A petista Souza era suplente e assumiu em 2015, quando o titular do mandato, Wellington Dias (PT), tomou posse como governador do Piauí. "Essa história de chapa só com homens ficou no passado e a população está atenta a isso. Já temos uma bancada feminina pequena no Senado, seria muito ruim se ela ficasse ainda menor", afirma Regina Souza.
A reeleição dela, contudo, esbarra em um acordo firmado pelo governador com aliados no qual cada partido da base só teria um candidato na chapa majoritária. E o nome do PT seria o do governador, candidato à reeleição. O senador Ciro Nogueira (PP) já foi confirmado em uma das vagas da chapa. A outra é disputada por Souza, pelo deputado Júlio César (PSD) e pelo cantor de forró e ex-deputado Frank Aguiar (PRB).
Outra senadora que ainda negocia alianças é Grazziotin, eleita em 2010 com o apoio do PT, do MDB e do senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Este ano, ela ensaia uma parceria com candidato a governador David Almeida (PSB). Mas ainda não há consenso sobre a participação da senadora na chapa.
Enquanto parte das atuais senadoras ficará de fora da disputa, são poucas mulheres entre as pré-candidatas ao Senado que tentarão chegar ao cargo pela primeira vez e iniciam a campanha em condição de competitividade. Uma delas é a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que mudou o domicílio eleitoral e será candidata ao Senado por Minas Gerais. Em São Paulo, a novidade é a deputada Mara Gabrilli (PSDB). 
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